Piracicaba recebe minicurso sobre BPF em alimentos
Piracicaba - 09/07/2011 - Vinte e sete profissionais de várias cidades do interior paulista participaram no sábado, 9 de julho, do minicurso "Boas Práticas de Fabricação de Alimentos na Indústria". Esta foi a primeira vez que o programa de treinamentos gratuitos promovido pelo Conselho ocorreu em Piracicaba, cidade distante cerca de 160 quilômetros da capital e onde a entidade inaugurou, ano passado, um escritório para atendimento de profissionais, empresas e estudantes da área química.
O minicurso foi ministrado por Luciana Kimie Savay da Silva e Priscila Eloi Martins, que integram uma categoria recentemente incorporada aos profissionais da química: a dos Cientistas de Alimentos. A atuação desses especialistas abrange toda a cadeira agroalimentar, começando na fase da pós-colheita, passando pelo monitoramento analítico da fabricação do alimento e alcançando questões relativas à saúde do consumidor (clique aqui e no vídeo abaixo para saber mais). Ambas são formadas pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, campus de Piracicaba.
Na primeira parte do treinamento, as instrutoras falaram sobre as fontes de contaminação de alimentos, destacando que o homem é a principal delas. Também explicaram as medidas a serem tomadas para evitar esse problema, fonte de graves danos à saúde pública. A necessidade de mudanças nas postura das empresas e dos profissionais da área, a implementação de treinamentos constantes e a padronização de procedimentos que vão desde a higiene pessoal até o transporte e armazenamento dos alimentos industrializados foram pontos discutidos constantemente.
A questão da Responsabilidade Técnica também foi abordada, oportunidade em que alguns profissionais levantaram a dificuldade de convencer as empresas a investir na adoção de procedimentos e métodos que tornem seus produtos mais seguros. Para Luciana Kimie Savay da Silva, este um assunto onde a ética pessoal e profissional deve se sobrepor. Segundo ela, é verdade que ainda há empresas que não pensam no danos que seus produtos podem causar, mas é preciso que cada um faça a sua parte para mudar esse quadro. Além de concordar com esse princípio, Priscila Eloi Martins acredita que o próprio mercado forçará essas empresas a se adequarem. O consumidor está mais atento e já existem até advogados especializados em processar firmas com esse perfil.
Com experiência de 15 anos no setor e trabalhando atualmente como RT de uma indústria de bebidas, o Técnico em Química e Alimentos Altair Augusto Gouveia concordou com as instrutoras. Conforme depoimento no vídeo abaixo, ele contou que já tive de se colocar contra um procedimento adotado à sua revelia por outra empresa onde trabalhou. Quando tomou conhecimento da medida, se recusou a liberar o lote produzido e comunicou a empresa que, se optasse por comercializar o produto, abriria mão de seu cargo e denunciaria a irregularidade às autoridades. "Busquei informações no CRQ-IV e fui orientado a proceder dessa forma", relatou. A empresa voltou atrás e descartou o produto. A presença de um RT numa empresa química deve significar uma garantia a mais ao consumidor; isso deve ser visto como um compromisso, finalizou.
Se por um lado o minicurso reuniu profissionais experientes, também contou com a participação de quem está começando a construir uma carreira. Foi o caso da Técnica em Química Sabrina Fernanda dos Santos. Moradora em Santa Maria da Serra, pequena cidade distante perto de 60 quilômetros de Piracicaba, ele se formou em 2010 e por enquanto trabalha na área administrativa de uma fábrica de fraldas. Sabrina disse que vem procurando conhecer melhor as várias áreas da química para decidir em qual delas tentar ingressar. Segundo ela, a participação nos minicursos do Conselho representa uma boa oportunidade para fazer essa sondagem, pois além de fornecerem muitas informações eles permitem contato com profissionais que já estão no mercado.
Até ser encerrado por volta das 17h, o minicurso abordou, entre outros, tópicos como microbiologia, contaminantes físicos e químicos, Controle Integrado de Pragas (CIP), higienização de equipamentos; POPs e elaboração de manual de BPF. Também foram realizadas dinâmicas para que os participantes pudessem testar os conhecimentos obtidos. Por fim, os profissionais responderam a pesquisa cujos resultados estão abaixo.
1) Esta é a sua primeira participação em um minicurso?
Sim
Não
14
13
2) Por que se inscreveu para este minicurso?
Opções
Total
Sou profissional desta área e desejo obter novos conhecimentos e/ou esclarecer dúvidas.
12
Sou profissional desta área, estou desempregado (a) e busco qualificação para ampliar minhas chances de retornar ao setor. O evento também representou uma oportunidade de fazer contatos profissionais.
01
Sou profissional de outra área, mas tenho interesse pelo tema apresentado.
13
Estou desempregado (a) e busco qualificação em qualquer área para ampliar minhas chances de retornar ao mercado.
01
Sou estudante e quero conhecer todas as áreas da química para decidir qual delas seguir.
00
Outros motivos
00
3) Acredita que sua participação no minicurso de hoje ajudará a alcançar os objetivos relacionados na questão anterior?
Sim
Não
27
0
4) Avalie os itens a seguir nunca escala de 1 a 5, sendo 1 a nota mais baixa e 5 a mais alta.
A) Instrutor
Item/Conceito
1
2
3
4
5
Conhecimento sobre o assunto
00
00
01
07
19
Didática e clareza
00
00
02
10
15
Empenho na resolução de dúvidas
00
00
04
09
14
B) Estrutura física, instalações e serviços
Item/Conceito
1
2
3
4
5
Qualidade da sala de aula
00
00
00
07
20
Limpeza dos sanitários
00
00
00
06
21
Qualidade dos serviços de alimentação
00
00
01
06
20
Qualidade do material didático
00
00
02
06
19
Você acha que o fornecimento da apostila é fundamental para o acompanhamento da aula?