Ocorreu nesta sexta-feira no Colégio Alem, de Rio Claro, o workshop "Os Desafios no ensino da química". Organizado pela Comissão de Divulgação do CRQ-IV, o evento reuniu cerca de 50 representantes e coordenadores de cursos de nível médio e superior em química do estado de São Paulo, professores e estudantes da área. Votuporanga, Paulínia, Lorena, Sorocaba, Araras, São Bernardo do Campo, Santos, Luiz Antonio e Piracicaba foram algumas das cidades representadas no encontro, que teve por objetivo mostrar as ações do Conselho na área educacional, relatar os projetos da entidade para o Ano Internacional da Química (AIQ - programado para 2011), preparar divulgadores da ciência para o AIQ, bem como prover os educadores de ferramentas auxiliares da qualidade para a formação de profissionais e entregá-los melhor preparados para o mercado de trabalho..
Ao fazer a abertura, o presidente do CRQ-IV, Manlio de Augustinis, falou da importância de divulgar a atividade química e com isso despertar o interesse dos jovens pela ciência. "O CRQ está fortemente empenhado em atuar no Ano Internacional da Química. Convido a todos que quiserem colaborar conosco nesta iniciativa”, afirmou. Augustinis também falou do trabalho da Comissão de Divulgação, que será responsável pela comunicação com a sociedade no AIQ, garantindo que a Comissão já está trabalhando muito para viabilizar os projetos.
Em seguida, Wagner Contrera Lopes, gerente de Fiscalização do CRQ-IV e diretor de divulgação e cultura do Sindicado dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos de São Paulo (Sinquisp) disse que a aproximação entre o Conselho e sindicato proporcionou uma série de atividades em apoio aos profissionais, como os cursos de aprimoramento que têm contado com grande adesão. Lopes explicou as as ações que CRQ tem programadas para o AIQ e pediu a participação dos professores e profissionais da área no trabalho de divulgação. Entre as atividades previstas pelo Conselho está a realização em todo o Estado de 1.500 palestras para alunos dos níveis fundamental e médio. Esse trabalho será realizado pelo corpo técnico do CRQ-IV, do Sinquisp e por professores que desejarem se engajar.
A seguir falou o professor Antonio Carlos Massabni, conselheiro do CRQ-IV, membro da Comissão de Divulgação da entidade e que durante muitos anos foi professor do Instituto de Química da Unesp de Araraquara, tendo, inclusive, dirigido aquele departamento. Citando sua experiência pessoal, Massabni afirmou que os professores podem influenciar na escolha profissional de seus alunos, daí a importância desses profissionais atuarem com divulgadores da ciência. Ele também salientou a necessidade de as instituições de ensino modernizarem seus currículos, aproximando-os da realidade do mercado de trabalho. O professor encerrou sua participação apresentando o trabalho que a Comissão de Divulgação tem feito na seção Química Viva do site do CRQ-IV e que têm os estudantes e o público leigo como foco. A proposta da seção é abordar a química existente no cotidiano por meio de textos de fácil compreensão. Massabni pediu aos presentes que divulgassem esse trabalho e que colaborassem com o envio de artigos.
Professora do Centro de Educação Profissional de Indaiatuba e integrante da Comissão de Ensino Técnico do CRQ-IV, Marta Elisa Bérgamo reforçou a necessidade de os professores salientarem a importância do conhecimento científico e o quanto a química é parte dele. “O professor deve mostrar o quanto a química é importante em questões do dia a dia, estando presente em assuntos que vão desde os hábitos de higiene até nas mudanças climáticas", comparou. Segundo disse, é sempre importante lembrar a forte dependência que os processos produtivos têm da química, o que ajuda a destacar a relevância dessa área no cotidiano das pessoas.
O professor Nelson Morgon, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), falou a seguir sobre o mercado de trabalho. Ele mostrou dados sobre a distribuição geográfica das indústrias químicas no país e afirmou que para o Brasil deixar de ser apenas um país exportador de matérias-primas é preciso investir na educação, para formar profissionais qualificados. Afirmou, ainda, que é preciso valorizar o professor de química, lembrando que faltam professores nas escolas e universidades. Morgon deu detalhes do programa "Química em Ação", promovido pelo Instituto de Química da Unicamp, que busca divulgar a química entre estudantes do ensino médio por meio de visitas destes à universidade. O programa inclui, também, palestras em escolas que mostrando as várias áreas de atuação dos profissionais da química.
O professor. Márcio Alves de Mello, da Escola Técnica Conselheiro Antonio Prado, de Campinas, falou sobre as ferramentas auxiliares na abordagem dos conteúdos da química. Ele destacou como a tecnologia pode ser uma ferramenta em sala de aula, mas ressaltou que ela não deve ser um fim em si mesma. Mello discorreu sobre o uso da Internet e do site sobre que montou, que já teve milhares de acessos. Por fim, passou informações sobre a melhor forma de trabalhar com os alunos em sala de aula na hora de fazer uma pesquisa pela Internet, mostrando os diversos sites de pesquisa na rede mundial de computadores e as diferenças entre os vários buscadores de conteúdo.
Professores elogiaram iniciativa
Vários participaram aprovaram o evento promovido pelo CRQ-IV. “Foi uma surpresa muito agradável participar deste encontro. Normalmente, as pessoas vêem o CRQ atrelado ao exercício do profissional na área industrial. Temos a satisfação de constatar que também existe a preocupação com a formação do profissional na área do ensino" observou a professora Karen Soraia Garcia Marques, do Centro Universitário da Fundação Santo André. A preocupação, constatou, é com o químico desde sua formação, o que é um grande diferencial. "Um evento como este é algo muito salutar, principalmente porque estamos às vésperas do Ano Internacional da Química. Espero que surjam outros", completou.
Moacyr Rodrigo de Almeida, professor nas Faculdades Integradas Maria Imaculada, de Mogi Guaçu, elogiou os conteúdos abordados no encontro: “Acho excelente esta iniciativa do CRQ. Eu já havia participado de um evento focado em educação, em Campinas, há dois anos, também promovido pelo CRQ, e na época já havíamos alertado que o Conselho deveria dar atenção a esta área. Fico feliz por realmente a entidade se preocupar com a questão e promover um evento de elevado nível como este e que permite a troca de informações com os colegas", disse.
Licencianda em química pela Universidade Federal de São Carlos, Silvia Raquel Bettani, contou ter gostado do encontro. Ela disse que tentaria promover um contato entre o pessoal de sua universidade e o CRQ-IV visando integrá-los às palestras em escolas que a entidade pretende realizar no Ano Internacional da Química. "Quem tem interesse pela química precisa ser estimulado e essas atividades podem contribuir para isso", finalizou.
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Em seguida, Wagner Contrera Lopes, gerente de Fiscalização do CRQ-IV e diretor de divulgação e cultura do Sindicado dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos de São Paulo (Sinquisp) disse que a aproximação entre o Conselho e sindicato proporcionou uma série de atividades em apoio aos profissionais, como os cursos de aprimoramento que têm contado com grande adesão. Lopes explicou as as ações que CRQ tem programadas para o AIQ e pediu a participação dos professores e profissionais da área no trabalho de divulgação. Entre as atividades previstas pelo Conselho está a realização em todo o Estado de 1.500 palestras para alunos dos níveis fundamental e médio. Esse trabalho será realizado pelo corpo técnico do CRQ-IV, do Sinquisp e por professores que desejarem se engajar. 
Vários participaram aprovaram o evento promovido pelo CRQ-IV. “Foi uma surpresa muito agradável participar deste encontro. Normalmente, as pessoas vêem o CRQ atrelado ao exercício do profissional na área industrial. Temos a satisfação de constatar que também existe a preocupação com a formação do profissional na área do ensino" observou a professora Karen Soraia Garcia Marques, do Centro Universitário da Fundação Santo André. A preocupação, constatou, é com o químico desde sua formação, o que é um grande diferencial. "Um evento como este é algo muito salutar, principalmente porque estamos às vésperas do Ano Internacional da Química. Espero que surjam outros", completou.
