Busca
Faça uma busca por todo
o conteúdo do site:
   
Acesso à informação
Bolsa de Empregos
Concursos Públicos (CRQ-IV)
Consulta de Registros
Dia do Profissional da Química
Downloads
E-Prevenção
Espaços para Eventos
Informativos
Jurisprudência
Legislação
LGPD
Linha do Tempo
Links
Noticiário
PDQ
Prêmios
Prestação de Contas
Publicações
QuímicaViva
Selo de Qualidade
Simplifique
Sorteios
Termos de privacidade
Transparência Pública
 
Evolução dos produtos cosméticos - Conselho Regional de Química - IV Região

Evolução dos produtos cosméticos 

 


 
 
 
Perfume
 
Os primeiros perfumes eram obtidos através da queima de ervas aromáticas, como sândalo, casca de canela e raízes de cálamo. Daí surgiu o nome per fumum em latim, que significa através do fumo. Os perfumes de flores já eram usados por egípcios, gregos e romanos. O primeiro perfume com álcool surgiu em 1370, o Água da Hungria, e em 1770 Giovanni Maria Farina lançou a Eau de Cologne, perfume preferido de reis e rainhas europeus no século XVIII, e imitado em todo o mundo. No final do século XIX, com o desenvolvimento da indústria química, surgem os aromas sintéticos, e os preços do produto caem. O perfume começa a ser relacionado à sedução, e cada vez mais passa a ser ligado à moda. No início do século XX surge o Chanel Nº 5, que inicia uma etapa de valorização do frasco e da imagem associada ao produto.
 
 
Sabão
 
Todas as antigas civilizações sabiam produzir sabão, e tinham conhecimento de que gorduras e óleos misturados a cinzas (álcalis) produziam uma substância que, na água, formava espuma e servia para a lavagem de roupas, de louças e do corpo. Cilindros de barro contendo um tipo de sabão e instruções para sua produção foram encontrados em sítios dos tempos babilônios, com quase cinco mil anos de idade. O sabão começou a ser usado para o banho nos últimos séculos dos tempos romanos, mas parou de ser usado com o início da idade média. No século VIII a Espanha e França voltaram a produzir sabão de qualidade com óleo de oliva, que era exportado para outras partes da Europa. No século XVII o banho continuava fora de moda mas ainda havia demanda de sabão para lavar roupas, utensílios de cozinha e pisos. As mãos e possivelmente o rosto eram lavados com sabão.
 
A fabricação comercial de sabão começou na Inglaterra no século XIV, mas o produto era muito caro. Com isso, caíram os padrões de higiene, que já não eram elevados, e a imundície das moradias contribuiu para uma alta taxa de mortalidade infantil. No final do século XVIII o químico francês Nicolas Leblanc descobriu um método de fazer carbonato de sódio a partir de sal comum. O custo reduzido desse álcali, a maior disponibilidade de gordura e, finalmente, em 1853, a eliminação de todos os impostos sobre o sabão, baixaram tanto o preço do produto que seu uso disseminado se tornou possível. A partir da produção de sabão passou-se a produzir sabonetes finos de toalete, feitos com diferentes gorduras e óleos.
 
 
Desodorantes
 
Desde a antiguidade o homem tenta controlar os odores das axilas. No Antigo Egito usavam-se óleos perfumados; durante o Império Romano colocavam-se sachês com ervas aromáticas nas axilas. A solução para o mau cheiro demorou alguns milênios para aparecer. Somente em 1888 um inventor dos Estados Unidos conseguiu criar a fórmula do primeiro desodorante eficaz, e registrou o produto com o nome de Mum. No final dos anos 1940 foi desenvolvido o desodorante roll-on por Helen Diserens, uma funcionária da empresa que produzia o Mum, mas o novo tipo de embalagem só chegou ao mercado norte-americano em 1952. Em 1965 foi lançado o primeiro desodorante anti-perspirante, que reduz a liberação de suor pelas glândulas sudoríparas.
 
 
Protetor solar
 
Quem lançou a tendência foi Coco Chanel: nos anos 1920 ela decretou que belo era ter a pele bronzeada, contrariando os padrões de beleza que adotavam a pele pálida. A marca francesa Andre Solaire ganhou enorme sucesso ao lançar o primeiro óleo de bronzear em 1935. No ano seguinte, o fundador da L?Oreal, o químico Eugene Schueller, inventou o primeiro protetor solar. Em 1944, o farmacêutico Benjamin Green, da Flórida, trabalhando na cozinha de casa, inventou um creme protetor que seria chamado de Coppertone. Em 1980, a Coppertone desenvolveu o primeiro filtro solar com proteção contra os raios UVA/UVB.
 
 
Batom
 
A mais antiga “pomada para os lábios” já encontrada data de 3.500 anos antes de Cristo, e foi descoberta durante escavações arqueológicas na cidade suméria de Ur, na Mesopotâmia. Em 1600 a.C. o Papiro de Ebers, contendo prescrições médicas e recomendações sobre saúde no Antigo Egito, informa que a Rainha Nefertiti coloria os lábios de vermelho usando henna.
 
O batom como é conhecido hoje surgiu há 125 anos, na Exposição Mundial de Amsterdã. Ele nasceu quando perfumistas parisienses misturaram óleo de rícino, pasta de almíscar e cera de abelha. Em 1915 ele ganhou o formato cilíndrico e uma embalagem metálica. Inicialmente depreciado como algo sem valor, o batom se tornou objeto de desejo graças às divas do cinema mudo no início do século XX.
 
 
Xampu
 
O médico norte-americano John Breck é considerado o criador do primeiro xampu líquido, em 1907. Ele não parou aí: em 1930 Breck lançou o primeiro xampu com pH balanceado. O cabeleireiro suíço Gustav Guhl pode ser considerado o precursor do cuidado ecológico dos cabelos. Já em 1946 ela criava xampus com ingredientes ativos retirados da natureza. Seus primeiros produtos com óleo de gérmen de trigo e óleo de pera se tornaram clássicos da cosmética.
 
 
Hidratantes
 
Em 1911 Oscar Troplowitz, dono da empresa Beiersdorf, obteve sucesso pela primeira vez em combinar água e óleo para produzir um creme suave. Ele chamou-o de Nívea, da palavra latina nix e nivis, que significa neve, em referência à coloração branca. Acredita-se que a receita básica do famoso creme em sua embalagem azul permanece sem qualquer mudança até os dias de hoje.
 
 
Esmalte
 
Na antiguidade as cores usadas nas unhas podiam representar a classe social. Na China, durante a Dinastia Chou, cerca de 600 a.C., ouro e prata eram as cores reais. Mais tarde, a realeza começou a usar preto ou vermelho nas unhas. Mulheres de classes sociais mais baixas só podiam usar tons pastéis. Usar os tons proibidos podia ser uma sentença de morte, literalmente.
 
O esmalte de unhas como temos hoje nasceu no século XX: nos anos 1930 a indústria automobilística viveu um momento de grande desenvolvimento. Novos tipos de pigmentos altamente resistentes começavam a ser usados na pintura automotiva. Esta tecnologia foi utilizada pelos irmãos Charles e Joseph Revlon, que desenvolveram o primeiro esmalte de unhas em 1932. Inovaram nas cores, fizeram sucesso, e lançaram as bases para a gigante dos cosméticos Revlon.
 
 
Creme dental
 
O homem primitivo já tentava limpar os dentes usando os dedos, folhas ou gravetos. O vestígio mais antigo de um material utilizado para limpeza dos dentes data do século 4 a.C.: uma mistura de sal, mentol, pimenta e flores de íris seca, usada no Egito. Do Egito, China, Grécia e Roma antiga existem registros das mais variadas misturas, em forma de pasta ou em pó, que vão de cascas de frutas queimadas e mel a fígado de lagarto. Na Idade Média, plantas e outros ingredientes abrasivos, alguns altamente corrosivos, passaram a ser usados. Produções caseiras levavam giz, sal e até carvão.
 
No final do século XVIII, na Inglaterra, uma nova substância – mais próxima do creme dental mas extremamente abrasiva – passou a ser fabricada, obtida a partir do pó da porcelana e do tijolo. Em 1771 o termo “pasta dentifrícia” foi mencionado pela primeira vez numa enciclopédia francesa. O creme dental surgiu em 1850, desenvolvido pelo dentista norte-americano Washington Wentworth Sheffield. Mas foi o filho de Sheffield, Lucas, quem popularizou o creme dental, ao alterar a fórmula do produto, em pó, e acondicionar o creme em potes. Em 1890, o fabricante de sabonetes William Colgate lançou no mercado norte-americano cremes dentais embalados em tubos de estanho flexíveis.
 
 
Talco
 
O talco é um mineral macio, cujas propriedades de limpeza e desodorização são conhecidas há séculos. Rochas muito ricas em talco (esteatito ou pedra sabão) são facilmente talhadas e esculpidas. O talco é utilizado na fabricação de sabonetes, cremes, artigos de maquiagem, entre outros segmentos da indústria cosmética. No período renascentista, o talco perfumado era usado pela nobreza europeia, por causa de seu perfume e por conferir, juntamente com o pó de arroz, uma aparência jovem e pálida, que era o ideal de beleza na época. Os talcos acompanharam a evolução da indústria de higiene no século XX. No entanto, com o passar das décadas e as mudanças nos hábitos de consumo, o produto foi perdendo terreno, em parte pela ascensão dos desodorantes.
 
 
 
 
 
Compartilhe:

Copyright CRQ4 - Conselho Regional de Química 4ª Região