Artigo resume trajetória da Química no Brasil nos últimos 200 anos
SBPC
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Medicamentos, alimentos, bebidas, cerâmica, produção e uso de materiais diversos, como pólvora e pigmentos. A Química sempre esteve presente na vida humana, desde as culturas mais remotas, como conhecimento prático. Entretanto, a Química científica como a conhecemos começou a esboçar-se a partir do século XVI, e a partir do século XVIII surge o que se pode chamar de Química “moderna”. O Brasil nunca esteve ausente de nenhuma dessas etapas: tanto nas aldeias indígenas como nos engenhos e fazendas, assim como nos conventos e em quartéis, muito se trabalhou com esses materiais e técnicas.
Assinado pelo professor Carlos Filgueiras, do Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) o artigo "A ideia de nacionalidade e o desenvolvimento da Química no Brasil" foi publicado na nova edição da revista Ciência & Cultura, editada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) . Este número especial da revista, lançado junto com a Reunião Anual da SBPC – que começou no dia 24 e será encerrada no dia 30 de julho em Universidade de Brasília (UnB) – aborda temas importantes desses dois séculos de presença da ciência no Brasil.
O início de atividades mais regulares em Química e seu desenvolvimento no Brasil iniciou-se do século XIX, com a vinda da corte portuguesa para o Brasil, e se desenvolveu com a independência do Brasil. Com o passar do tempo, ocorreram inúmeras mudanças no panorama da química brasileira. Um dos grandes marcos foi a criação da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), fundada em 1922 no Rio de Janeiro, que realizou vários congressos e publicou a Revista Brasileira de Chimica, e que foi fechada em 1951. Em 1977, no bojo da 29.ª Reunião Anual da SBPC, surge a atual Sociedade Brasileira de Química (SBQ).
“Muito mudou e muito ainda mudará”, aponta Filgueiras., “Há cinquenta anos, quando a pós-graduação ainda engatinhava, havia, em contraste, um enorme otimismo e um entusiasmo contagiante. Hoje o ambiente é bem mais sóbrio, mas há uma consciência de que a comunidade saberá responder aos desafios, que são crescentes. Será interessantíssimo verificar, depois do próximo meio século, como a Química brasileira terá reagido aos chamamentos que se vislumbram hoje”, finaliza.
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Publicado em 26/07/2022
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