Fabricantes de produtos de limpeza registram crescimento, diz anuário
O crescimento do número de empresas e de empregos foram alguns dos dados mais relevantes registrados pelo setor de produtos de limpeza em 2021. As informações constam do 17º Anuário da Associação Brasileira da Indústria de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (Abipla), publicação que reúne uma série de dados e artigos que refletem o desempenho do setor em 2021 e apresenta perspectivas para o futuro. Realizado ontem, dia 27, o evento virtual foi exclusivo para convidados, associados e imprensa. Além de dirigentes da Abipla, o encontro teve as participações de dois especialistas em análise de mercado.
A presidente da Abipla, Juliana Durazzo Marra, abriu o encontro ressaltando que a entidade tem quase 50 anos de trajetória e que vem crescendo em número de associados e no que oferece à sociedade em termos de informação e melhorias para o setor. Ela citou ainda a parceria firmada com o Conselho Federal de Química (CFQ) para dissipar fake news e comunicar sobre o uso correto de produtos de limpeza. “Esse foi um dos pontos altos do nosso ano”, ressaltou.
O diretor-executivo da Abipla, Paulo Engler, explicou que o anuário foi lançando agora devido a um atraso na divulgação dos dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em anos anteriores, a publicação foi lançada no mês de agosto. O executivo acrescentou que esta foi a primeira vez que o censo apresentou os dados dos setores "higiene pessoal" e "limpeza" separadamente, atendendo a um pleito da Associação.
O evento contou com as apresentações de dois especialistas em análise de mercado e tendências de consumo: Claudio Czarnobai, da NilsenIQ, e Paula Ferolla, da Euromonitor Internacional. Segundo Czarnobai, em termos econômicos, o ano de 2022 apresenta uma tendência positiva de crescimento, inclusive em relação ao emprego. Entretanto, com o aumento do valor da cesta básica e a redução do poder de compra do consumidor, a escolha dos produtos é baseada especialmente no preço.
Nesse processo de retomada, um número grande de novos produtos foi lançado no varejo (18.615), mas poucos alcançaram um sucesso relevante (1.041). Segundo o especialista, outro fator que chama atenção é a redução no tamanho das embalagens (reduflação), mas com preços iguais ou superiores. “É uma tendencia essa gestão de portfólio em termos de embalagens, não só no setor de limpeza e higiene", disse.
Paula Ferrola destacou que o consumidor está mais cauteloso e atento aos produtos que reúnem qualidade, baixo preço e fragrância atrativa. Produtos éticos e sustentáveis também ganham protagonismo e muitas marcas já apostam nessa tendência. Ela ressaltou ainda que o crescimento do e-commerce na área de home care no Brasil (85%) foi superior ao aumento global (75%).
Sobre a venda fracionada de produtos saneantes, que já ocorre em alguns países, mas ainda não é regulamentada no Brasil, Czarbonai disse acreditar que há espaço para esse tipo de segmento ser explorado aqui de forma promissora e relevante para o setor.
Crescimento – O anuário indicou que, em 2021, o setor era composto por 2.764 empresas, o que representou um aumento de 5,85% sobre as 2.611 unidades fabris existentes no ano anterior. Para o mesmo período de comparação, o número de empregos formais avançou 2,55%, passando de 87.210 para 89.438 profissionais.
A publicação destaca ainda que “a produção física industrial, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), evidencia que a fabricação de saneantes no período de 2019 a 2021 se manteve constante – é importante ressaltar que 2019 foi o recorde histórico de produção. A estabilidade da produção no período garantiu o abastecimento da população, não deixando faltar nenhum item nos pontos de venda”.
Clique aqui para obter uma cópia do anuário.
Publicado em 28/09/2022
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