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Notícia - Conselho Regional de Química - IV Região

Notícia 

 


Indústria: apesar de alta na demanda, tendência de queda do ano não é revertida


Divulgação

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) divulgou nesta terça-feira (1) dados referentes ao mês de julho de seu Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC). De acordo com a diretora de Economia e Estatística da entidade, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, apesar da melhora recente constatada nos indicadores, que sinalizam uma retomada no setor, "no acumulado do ano ainda não foi possível inverter a trajetória negativa", ressalta.

 

De janeiro a julho de 2020, sobre igual período do ano anterior, a produção recuou 5,89%, as vendas internas caíram 8,62% e a taxa de utilização da capacidade instalada ficou em 70%, mantendo nível baixo para o padrão de operação da indústria química. No mesmo comparativo, o volume de produtos importados teve elevação de 20%, enquanto as exportações recuaram 10,3% e o Consumo Aparente Nacional (CAN), que mede o resultado da soma da produção mais importação excetuando-se as exportações, teve elevação de 8,2%. Dessa forma, a participação do produto importado sobre a demanda local foi de 44% no período, quatro pontos porcentuais acima de iguais meses do ano passado.

 

Contudo, Fátima salienta que “esta recente recuperação traz alívio ao setor e sinaliza que o 'fundo do poço' parece realmente ter sido alcançado em abril e maio e o momento agora é de recuperação das perdas, se não houver uma segunda onda da pandemia”.
 

Segundo os dados mais recentes do RAC da Abiquim, a produção de químicos de uso industrial teve a segunda alta em dois meses e subiu 15,21% em julho, em comparação com junho, quando o índice já tinha subido 11,26% na comparação com o mês anterior. Também em julho, as vendas internas cresceram 22,69% e somado aos crescimentos alcançados em junho (19,53%) e em maio (16,02%), o índice de vendas internas acumulou aumento de 70,1% nos últimos três meses em comparação com abril. Já o CAN cresceu 16,9% em julho, na comparação com o mês anterior. No entanto, chama a atenção a alta do volume importado que subiu 22,6% na mesma base de comparação. O índice de utilização da capacidade instalada também apresentou elevação em julho, alcançando 76%, contra 70% em junho e 62% em maio.

“Para mudar essa situação é fundamental que o projeto de lei (PL) 6.407/2013, o PL do Gás [que deve ser votado hoje - clique aqui para mais informações], seja aprovado no Congresso Nacional o mais breve possível, dando sinais positivos para os investidores inserirem o Brasil como atrativo para receber novas plantas e melhorar a competitividade da indústria nacional, que poderá ter acesso a matéria-prima e energia a preços similares aos praticados nos Estados Unidos e Europa. As vendas internas melhoraram, mas o produto importado tem ganhado espaço no mercado local e, nos últimos anos, alguns importantes produtos químicos deixaram de ser produzidos no País, como metanol, isocianatos, dentre outros, apenas para ficar naqueles cuja matéria-prima principal é o gás natural. Como consequência, perdemos valor agregado, impostos, empregos de qualidade, ou seja, o País ficou mais pobre”, avalia Fátima
.

 

Com informações da Abiquim

Publicado em 01/09/2020




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