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Notícia - Conselho Regional de Química - IV Região

Notícia 

 


Nota do CVS alerta sobre cabines que usam luz UV-C para desinfectar compras
 

Divulgação

Em nota publicada no Diário Oficial, a Diretoria Técnica do Centro de Vigilância Sanitária (CVS) de São Paulo alertou para a falsa sensação de segurança que cabines instaladas em algumas redes de hipermercados e shoppings para "desinfectar" compras podem causar nos consumidores.

O funcionamento do sistema é simples: o carrinho com as compras deve ser colocado no interior da estrutura, que se fecha e faz a aplicação de luz ultravioleta  do tipo C (UV-C). Segundo o CVS, a ação antiviral pode até existir, mas mesmo quando corretamente aplicada sobre as mercadorias, a UV-C age apenas sobre a superfície dos sacos plásticos ou sacolas onde as mercadorias estiverem acondicionadas, não sob as mesmas.

"Quando muito, apenas pequenas parcelas das superfícies das sacolas de compras, as expostas aos raios ultravioletas, serão descontaminadas, permanecendo as demais áreas sombreadas e não beneficiadas pelo processo de desinfecção", diz a nota do CVS. Tal condição, continua o texto, "limita a eficácia do procedimento com UV-C, não dispensando as medidas tradicionais e caseiras de limpeza e desinfecção preconizadas pelas autoridades de saúde ao consumidor quando em sua residência, como a lavagem das mercadorias com água corrente, se assim possível, e a aplicação moderada de produtos desinfetantes, como álcool 70º ou hipoclorito de sódio".

Na edição de ontem, o jornal  Folha de S. Paulo publicou uma matéria sobre a utilização dessas cabines por redes varejistas. O texto também chamou atenção para que o consumidor não substitua a nova tecnologia pelas medidas tradicionais de desinfecção. Entrevistado pela reportagem, o físico Roberto Linhares disse que a luz UV-C pode eliminar até 99,9% de vírus da família do coronavírus, mas para isso é necessário que a superfície fique exposta por 25 minutos. As cabines disponíveis atualmente numa das redes varejistas permitem que os carrinhos de compras fiquem expostos por pouco mais de um minuto, conforme mostra o vídeo incluído na matéria.

A nota do CVS observa que a pandemia de Covid-19 tem fomentado novas e criativas atitudes por parte do Poder Público, das empresas privadas e dos demais setores da sociedade com o propósito de prevenir a exposição à doença. Mas isso não elimina a necessidade de que todas as iniciativas tenham sua eficácia cientificamente comprovada. Assim, do mesmo modo que o próprio CVS ao lado de outras instituições de reconhecida competência já se posicionou contrariamente do uso dos chamados "túneis de desinfecção de pessoas", a entidade também não indica o uso das cabines de ultravioleta nos modos descritos em seu comunicado.

Sobre os túneis de desinfecção de pessoas, o CRQ-IV, com apoio do Sistema CFQ/CRQs, já emitiu pareceres técnicos alertando para a falta de evidências científicas dessas estruturas e para o risco que elas representam à saúde da população. O primeiro desses comunicados também foi subscrito pela Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (ABIPLA). Veja abaixo reportagens sobre este assunto:

 

 

Publicado em 10/08/2020


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