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Evolução dos cosméticos no Brasil - Conselho Regional de Química - IV Região

Evolução dos cosméticos no Brasil 

 


 
 
 
 
A história dos produtos de limpeza no Brasil começa em 1801, quando D. João VI autorizou o funcionamento de fábricas de sabão no país, em meio a um quadro caótico de sujeira e lixo que dominava as cidades e vilas. Os sabões, importados, custavam muito caro. Logo as fábricas de velas e sabões começaram a ser implantadas no país, sendo a primeira a de Guilherme Müller, instalada em 1821. O Rio de Janeiro concentrava a grande maioria das fábricas das cerca de 30 produtoras de sabões do país, mas também foram instaladas manufaturas em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, em Salvador, no Pará, em São Paulo e em São Luís do Maranhão.
 
 
Com a transferência da família real para o Brasil, a elegância, as modas e os costumes franceses passaram a ser copiados, inclusive o uso de perfumes para disfarçar os maus odores. Durante o reinado de D. Pedro II foi instalada no centro do Rio de Janeiro, na Rua do Ouvidor, a famosa perfumaria Desmarais, que vendia essências, sabonetes, escovas, esponjas, adornos de toucador, vidrinhos de cheiro, espelhos, perucas, tinturas e cosméticos, como pó de arroz. Outras perfumarias iriam se estabelecer ali nas imediações da Rua do Ouvidor, conta o cronista da época, Joaquim Manuel de Macedo.
 
 
Na Rua dos Latoeiros foi aberta em 1884 a fábrica de água de colônia de João Baptista Nervi que funcionou até 1882. Fazia sucesso a Casa de Banhos Pharoux, também no centro da capital. Ela funcionava dentro do Hotel Pharoux, e era aberta ao público. Numa época em que as casas não tinham banheiro, o estabelecimento oferecia banhos com água retirada do chafariz do Largo do Paço, hoje Praça XV. A partir daí, os hotéis passaram a oferecer quartos de banho, banhos de cascata e as casas finas começavam a contar com banheiros. 
 
 
 
A Casa Granado, que fabricava talcos, perfumes e produtos medicinais, foi fundada em 1870, e mais tarde ostentaria o título de Imperial Drogaria e Pharmacia de Granado, com o brasão do Império inscrito nos rótulos de seus produtos. D. Pedro II comprava seus produtos de higiene ali. Em 1897, o imigrante italiano José Milani começa a produzir sabão em tachos de cobre em um pequeno armazém no interior de São Paulo. A empresa cresceu, e em 1909 Milani lançou o sabonete Gessy. Na década de 30 os Irmãos Lever instalam sua primeira fábrica de sabões e sabonetes no Brasil.
 
 
Depois da segunda guerra mundial uma nova noção de asseio e limpeza corporal alavanca a produção e o consumo de um número sempre crescente de cosméticos e produtos de higiene. Com a difusão do rádio e, a partir dos anos 50, da televisão, as empresas passam a investir em publicidade, e as vendas de xampus, cremes, sabonetes, pastas de dentes, loções, sabões, desodorantes e perfumes explodem, enquanto as casas brasileiras passam a contar com água encanada e banheiros.
 
Nas últimas décadas os números referentes ao setor não param de crescer. Segundo o Panorama do Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, divulgado pela Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) em abril de 2010, a indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos teve um crescimento médio, já descontando a inflação, de 10,5% entre 1996 e 2009; o faturamento saltou de R$ 4,9 bilhões em 1996 para R$ 24,9 bilhões em 2009 por conta de vários fatores, como a participação crescente da mulher no mercado de trabalho; a utilização de tecnologia de ponta com aumento da produtividade; os lançamentos constantes de novos produtos que atendem às necessidades do mercado e o aumento da expectativa de vida, o que traz a necessidade de conservar uma impressão de juventude.
 
Em relação ao mercado mundial, dados do Euromonitor de 2009 mostram que o Brasil ocupa a terceira posição em venda de cosméticos. É o primeiro mercado em desodorantes; segundo em produtos infantis, produtos masculinos, higiene oral, proteção solar, perfumaria e banho; terceiro em produtos para cabelos e cosmético cores; sexto em pele e oitavo em depilatórios. Existem no Brasil 1.659 empresas atuando no mercado de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, sendo 14 empresas de grande porte. O livro Nanocosméticos: em direção ao estabelecimento de marcos regulatórios informa que 15 empresas brasileiras de cosméticos já produziam nanocosméticos em 2006 principalmente para fabricar produtos antirrugas, anticelulite, cremes, loções para o corpo, gel anti-estrias, produtos para a área dos lábios e dos olhos e máscara facial e maquiagem com fotoprotetor, entre outros.
 
 
 
 
 
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