A indústria de celulose e papel envolve não só as empresas que fabricam produtos usados para escrita e impressão, mas também as que produzem papéis para fins sanitários, fotográficos, papel-cartão e papel para embalagem (ondulado). O setor está entre os maiores clientes da indústria química, por consumir anualmente milhões de toneladas de seus produtos.
Embora as fibras também possam vir de folhas e frutos, é do tronco que se extrai a celulose usada na fabricação do papel. Logo que chega às fábricas, a madeira é cortada e submetida a processos químicos em reatores chamados de digestores para se obter uma polpa marrom, a polpa de celulose.
Dependendo do seu destino, ela ainda passa por operações de lavagem, peneiramento e branqueamento. Se a própria indústria que extraiu a celulose fabrica o papel, ela pode dispensar a secagem e usar um sistema de tubulação para conduzir a massa celulósica diretamente para a refinação. Nos casos em que a celulose é vendida para outras empresas produzirem o papel, no entanto, serão imprescindíveis a secagem e o enfardamento.
As propriedades do papel são resultantes de interações de um grande número de fatores, tais como: fibras ou misturas de fibras usadas; processo de obtenção da pasta celulósica; matérias-primas não fibrosas; tratamento térmico; preparação da massa e processo de formação da folha. Estas variáveis devem ser ajustadas por um profissional qualificado para que se obtenha um produto com as propriedades desejadas.
Certas características do papel, como, por exemplo, a resistência à umidade, só podem ser obtidas com a adição de aditivos químicos. Estas propriedades são afetadas tanto com a incorporação dos aditivos na massa quanto na aplicação do produto no revestimento.