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Química Forense - Conselho Regional de Química - IV Região

Química Forense 

 


A solução de um crime, com a condenação dos culpados, é a meta primordial da Justiça. Ao desvendar as circunstâncias de um crime, os investigadores fazem um trabalho de grande importância: de um lado, protegem a população da ação de criminosos e de outro, impedem que inocentes sejam condenados injustamente.

Técnicas sofisticadas de análise química instrumental, como cromatografia, espectroscopia e espectrometria de massa, entre outras, são capazes de identificar substâncias utilizadas em casos de envenenamento, de manchas orgânicas (como sangue, esperma, fezes e vômito) ou inorgânicas (a exemplo de lama, tinta, ferrugem e pólvora), além de analisar evidências como fios de cabelo, peças de vestuário, fibras, poeiras e cinzas em locais de crime. Reagentes específicos também são utilizados nas análises forenses (por exemplo, o luminol empregado na identificação de manchas de sangue). Outras técnicas, como a papiloscopia, permitem identificar as impressões digitais de envolvidos em crimes.

A Química Forense engloba análises orgânicas e inorgânicas, toxicologia, investigações sobre incêndios criminosos e sorologia. Suas conclusões servem para embasar decisões judiciais.

Apesar de as investigações criminais serem o aspecto mais conhecido da Química Forense, ela não se limita a ocorrências policiais. O químico forense também pode dar seu parecer em decisões de natureza judicial, atuar em questões trabalhistas, como determinar se uma atividade é perigosa ou insalubre, detectar adulterações em combustíveis e bebidas, uso de drogas ilícitas, fazer perícias em alimentos e medicamentos e investigar o doping esportivo.

O que fazem os químicos forenses?

O químico forense trabalha analisando amostras colhidas das vítimas ou dos locais de crimes e ocorrências. Uma de suas tarefas principais é fazer análises especializadas para identificar materiais e conhecer a natureza de cada prova relacionada a um possível crime.

Por lidar com grande variedade de provas e amostras, o químico forense deve ter conhecimentos sólidos de todas as áreas da Química, principalmente de Química Orgânica e Bioquímica, já que terá de analisar, com frequência, fluidos de origem biológica. Ele também precisa ter conhecimentos suficientes para decidir que tipo de análise será feita dependendo das amostras disponíveis e quando é necessário buscar provas ou amostras adicionais. Para isso, precisa manter-se permanentemente atualizado.

O químico forense trabalha como perito para as polícias civis de todos os estados brasileiros e para a Polícia Federal. Sua formação nestes casos se dá em cursos específicos oferecidos pelas academias de polícia, que incluem conteúdos de Química Forense e Biologia Forense.
 

Publicado em março de 2011
Atualizado em maio de 2020

 

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