Conselho reúne escolas para divulgar Selo
Diretores e coordenadores de cursos e instituições de ensino do estado de São Paulo participaram hoje da primeira de uma série de reuniões de divulgação do
Selo de Qualidade agendadas pelo CRQ-IV para este ano (
clique aqui para ver a programação). A finalidade do encontro foi ampliar o conhecimento das escolas a respeito dos objetivos do programa e esclarecer dúvidas em relação à obtenção da certificação. Quarenta e uma pessoas participaram do encontro, entre representantes de escolas públicas e privadas, integrantes da Comissão de Ensino Técnico do CRQ-IV, que criou e desenvolveu o programa, e membros da equipe técnica do Conselho. Representantes de escolas da Capital, ABC, Guarujá, São Vicente, Atibaia, Santos, Suzano e Caraguatatuba, entre outras localidades, estiveram representadas.
Ligia Maria Sendas Rocha, integrante do grupo que começou a desenvolver o programa a partir de 2004, contou que o Selo surgiu da necessidade de melhorar a qualidade dos alunos formados pelas escolas técnicas. Ela lembrou que, na época, muitos cursos estavam sendo criados com estruturas curriculares insuficientes. “A indústria nos alertou quanto à falta de qualidade da mão de obra formada por esses cursos e a Comissão de Ensino Técnico do CRQ-IV pensou em uma forma de aumentar a qualidade e tentar padronizar um pouco os currículos”. Como o Conselho não pode alterar currículos, surgiu a ideia de se criar uma certificação para os melhores cursos do estado. Atualmente, oito cursos de seis escolas mantêm o Selo de Qualidade.
Credibilidade - O professor José Carlos Mancilha, do Senai Luiz Simon, relatou como a escola obteve o Selo de Qualidade para seu Curso Técnico em Química. Ele falou das dificuldades encontradas, da forma como lidou para obter a documentação e atender às exigências, e contou que o objetivo da instituição foi buscar um padrão de qualidade: “Queríamos levar para a escola uma certificação, o Selo dá maior credibilidade, e todos ganham com isso”, lembrou. A experiência do Colégio Técnico de Lorena (Cotel), para obter o Selo de Qualidade para seu curso Técnico em Química foi apresentada ao grupo por Andreia de Batista Mariano, da Gerência de Fiscalização, já que o representante da instituição, Francisco José Moreira Chaves, não pôde comparecer. Segundo relatou, como resultado da certificação, os formandos do Cotel passaram a ser disputados por indústrias do estado e até de Minas Gerais.
Andrea Mariano explicou a seguir que a preocupação do CRQ é com o perfil do profissional que sai da escola, para que ele atenda as necessidades do mercado. Disse que o Selo não é obrigatório, mas traz vantagens para as escolas, como maior credibilidade, competitividades e apoio junto às empresas e às organizações mantenedoras. Ela lembrou que o Selo é gratuito, e que só haverá uma cobrança se a escola for reprovada na primeira auditoria: “O valor cobrado é variável, e servirá para cobrir os custos de deslocamento da equipe que retornará à escola para fazer uma segunda avaliação”, explicou.
Durante todo o encontro os participantes puderam fazer perguntas. As maiores dúvidas foram sobre a forma como é feita a avaliação das instalações e equipamentos, sobre a exigência de documentos de comprovação da atuação de professores e coordenadores de cursos, a avaliação feita junto aos alunos, a obrigatoriedade ou não dos estágios, o uso de reagentes doados por empresas químicas muitas vezes com prazo de validade vencido e as particularidades de cada curso, que, segundo Andrea, sempre são levadas em conta no momento da auditoria.
As escolas que oferecem cursos técnicos na área química e que tiverem interesse em participar dos próximos encontros podem consultar a programação dos encontros
clicando aqui.