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Jan/Fev 2012 

 


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Nova sede completa dez anos


Funcional e moderno, prédio conferiu mais agilidade às atividades do Conselho

 

 

Do acanhado Edifício Britânia, na rua Líbero Badaró, 152, onde possuía  alguns andares, para um novíssimo prédio de vidro e metal. Há dez anos, completados exatamente no dia 04 de fevereiro, o Conselho Regional de Química - IV Região deixava sua sede antiga, no centro de São Paulo, para ocupar um prédio moderno, planejado para acompanhar todas as mudanças necessárias à evolução do setor químico brasileiro e ao trabalho da entidade. A mudança para a rua Oscar Freire, 2.039, fez com que o Conselho ganhasse espaços adequados para receber profissionais e empresas, organizar seu trabalho e promover cursos, palestras, encontros técnicos e celebrações relacionados à química.


O presidente do CRQ-IV, Manlio de Augustinis, na época diretor-executivo da entidade, explicou que o Conselho estava instalado em um prédio inadequado e muito antigo. O CRQ-IV estava na rua Líbero Badaró desde 1964 e quando saiu de lá ocupava totalmente três andares (do 12º ao 14º) e parcialmente o 7º e o 11º. Não havia escadas de incêndio, saídas de emergência e nem espaço para construí-las, uma vez que o edifício ocupava todo o terreno. “Isso era problemático em termos de segurança para os funcionários e para o público que nos visitava”, salientou. Na época, acrescentou, o centro da cidade era uma região com alto índice de criminalidade, o que também comprometia a segurança. E para piorar, já não havia mais espaço para abrigar os funcionários, escritórios, arquivos e demais dependências.


As etapas de escolha do terreno, do projeto mais adequado e de início da construção não foram fáceis, nem rápidas. O Conselho buscava uma área de aproximadamente 2 mil metros quadrados que não tivesse risco de inundações e ficasse perto de uma linha do metrô. “Abrimos licitação para compra e não recebemos nenhuma oferta”, lembrou Augustinis. Esse fato obrigou o Conselho a desenvolver um trabalho de dois anos até encontrar um terreno dentro das condições pretendidas.


Depois que a área da rua Oscar Freire foi comprado, o CRQ-IV preparou nova licitação, desta vez para contratar o projeto arquitetônico do prédio. A licitação foi feita com base nos critérios de preço e técnica, sendo vencida pelo escritório do arquiteto Sergio Teperman. A seguir foi aberta nova licitação para fazer a construção, levando em conta apenas o menor preço. Esta foi vencida pela MPD Engenharia. A construção demorou dois anos. Foram mais de quatro anos entre a compra do terreno, as licitações e a construção. Em 2002 ocorreu a mudança para o prédio novo.

 

O idealizador – Mas a história da nova sede começou bem antes. Em 1996, durante a gestão do presidente Olavo de Queiroz Guimarães Filho, o Plenário do Conselho aprovou sua proposta de alocação de recursos para a compra do terreno e construção do prédio. Tal planejamento, aliás, permitiu que a entidade concluísse todo projeto usando exclusivamente recursos próprios.

 

Tendo à frente Guimarães Filho – um dos pioneiros da indústria nacional de cimentos – e com a colaboração direta do então diretor-executivo, Manlio de Augustinis, e do conselheiro e hoje superintendente José Glauco Grandi, a construção da nova sede  foi iniciada em setembro de 2000 e concluída em janeiro de 2002. A mudança definitiva ocorreu menos de um mês depois. 

 

Comandante do projeto, Guimarães Filho começou a ter problemas de saúde logo em seguida, o que o impediu de comparecer à inauguração oficial do prédio, ocorrida em setembro daquele ano. Mesmo assim, participou de várias reuniões do Plenário do CRQ-IV até falecer, em dezembro de 2003. Pelo seu empenho, ainda em vida a sede foi batizada com seu nome.

 

Premiação – Assinado pelo arquiteto Sérgio Teperman, o projeto do Edifício Olavo de Queiroz Guimarães recebeu, em 2003, o Prêmio Abcem, oferecido anualmente pela Associação Brasileira da Construção Metálica para melhores obras que utilizam aço. A sede possui mais de 300 toneladas desse material em sua estrutura e foi premiada na categoria edifícios multiandares. O prédio possui fachada de vidro e seus dois blocos, de escritórios e de serviços, são separados por uma grande caixa de vidro que interliga todos os andares e permite a entrada da luz natural.


A beleza, funcionalidade e a sensação de modernidade que transmite também chamaram a atenção de produtoras de cinema e agências de publicidade, que fizeram do prédio cenário para realização de filmes e comerciais.


O edifício tem área útil de três mil metros quadrados e seis pavimentos. Possui, ainda, dois subsolos que são utilizados como estacionamento, com capacidade para aproximadamente 60 veículos. No 3º subsolo existe uma enorme caixa que armazena a água a ser usada em caso de incêndio, além de outros equipamentos.


Além dos escritórios, a sede possui, no térreo, um auditório com capacidade para 219 pessoas, que tem anexo um salão com área livre de 225 m2 para a realização de exposições e outros eventos. No segundo andar estão a Biblioteca Miguel Romeu Cuoculo – que possui um acervo com mais de 3,6 mil livros e uma coleção de 132 títulos de revistas e periódicos – e três salas de treinamento, equipadas com  sistemas de imagem, som e internet. Elas são utilizadas pelo Conselho para o oferecimento de cursos aos profissionais vinculados à entidade.


Como forma de obter recursos adicionais para auxiliar na manutenção do prédio, o Conselho loca seu auditório e as salas de treinamento para promotoras de eventos empresariais e educacionais. Os espaços estão disponíveis para empresas de qualquer setor. Informações: 11 3061-6059/6252.

 

 

Local foi palco de grandes eventos e até de filmes

 

Poucos meses depois de instalado na nova sede, o CRQ-IV cedeu alguns de seus espaços para a gravação de cenas do longa metragem "Quando dois corações se encontram", uma comédia com Cássio Gabus Mendes, Marisa Orth, Denise Fraga e André Abujamra, com direção de José Roberto Torero. Rodado em novembro de 2002, o filme teve cenas gravadas na antessala do Plenário, no terceiro andar, e na garagem. 

Outros eventos memoráveis movimentaram o prédio desde então. Em 24 de junho de 2006 foi realizada uma grande comemoração pelos 50 anos da lei 2.800/56, que criou o Sistema CFQ/CRQs. O cinquentenário de fundação do Conselho foi outro momento importante. No dia 11 de agosto de 2007, uma grande festa celebrou os 50 anos da instalação oficial da entidade, em 1º de agosto de 1957, e comemorou o Dia do Profissional da Química.

Em 5 de setembro de 2011, o professor Akira Suzuki, um dos ganhadores do Prêmio Nobel de Química de 2010, fez palestra para 180 pessoas no auditório, respondeu perguntas dos participantes e, em seguida, conversou com a imprensa numa das salas do segundo andar. A visita de Suzuki resultou de um acordo entre o Conselho, a Associação Brasileira de Engenharia Química e da empresa Umicore Brasil. 





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