O Guia para Empresas de Saneantes é a mais nova publicação do CRQIV. Elaborado pelos profissionais que integram a Comissão Técnica de Saneantes da entidade, ele é resultado de um amplo trabalho de pesquisa na legislação, normas e literatura técnica. A vivência de seus autores na área também foi fundamental para elaboração do trabalho. Gratuito, o guia será disponiblizado em breve na seção "Downloads" deste site.
O guia tem como proposta orientar na constituição de novas empresas, bem como mostrar às já existentes como se regularizarem na Vigilância Sanitária e nos demais órgãos públicos que regulam o funcionamento do setor. A obra apresenta desde um glossário com os significados das principais palavras e termos técnicos usados, passando pelos cuidados a serem seguidos na construção de uma fábrica e chegando até a apresentar um diagrama básico sobre a disposição da área produtiva.
A descrição dos vários tipos de saneantes, suas aplicações, as classificações quanto aos respectivos graus de risco, as informações exigidas nos rótulos e como devem ser embalados quando destinados ao consumidor comum ou ao mercado profissional são outras informações contempladas.
De acordo com Miguel Antônio Sinkunas e Wilson Francisco de Lima, da Comissão de Saneantes do CRQIV, o guia se destina primordialmente a novos empreendedores e empresas em fase de regularização. Trata-se de uma publicação inovadora, já que o País não dispunha de nenhuma outra similar. Sinkunas e Lima explicam que a ideia de elaborar um guia para o setor surgiu diante da série de questionamentos enviados à Comissão de Saneantes. Ao longo dos anos houve diversos debates e levantamento de informações para a elaboração do texto até a conclusão do trabalho. Mas a Comissão adverte que a legislação é dinâmica, devendo os usuários do guia ficarem atentos a novas publicações.
Piratas - Por suas características, o guia também se constitui numa colaboração do Conselho para tirar da clandestinidade empresas que já atuam no mercado, notadamente na venda de porta em porta nas periferias das cidades. O setor de saneantes é um dos que mais convive com os produtos piratas, feitos pelas chamadas empresas de fundo de quintal. Segundo a Associação Brasileira de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla), em 2009, 55% da água sanitária comercializada em São Paulo tinha origem desconhecida. Uma outra pesquisa, de 2001, apurou os seguintes índices de clandestinidade: desinfetantes, 30%; amaciantes, 15,2%; e água sanitária, 42%. Segundo a Abipla, o aumento da participação da água sanitária pirata no mercado observada no período de oito anos possivelmente também se repetiu com os desinfetantes e amaciantes. A entidade deverá realizar uma nova pesquisa em 2013 para verificar a real situação do mercado.