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Nov/Dez 2012 

 


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Bioquímica - Estudos dos receptores acoplados à proteína G ganham o Nobel


Estudos com receptores celulares e que viabilizaram a produção de medicamentos mais eficientes levaram a Academia Real de Ciências da Suécia a conceder o Prêmio Nobel de Química de 2012 aos médicos e pesquisadores norte-americanos Robert Lefkowitz e Brian Kobilka. Eles foram responsáveis por descobrir e descrever o funcionamento dos receptores acoplados à proteína G, que são responsáveis por fazer as células captarem a ação de fatores externos, como luz, sabor e olfato, e de hormônios, como adrenalina e dopamina, e disparar as respostas necessárias ao correto funcionamento do organismo.
 
Conforme destaca o comunicado divulgado pela organização do Prêmio Nobel, o corpo humano possui bilhões de células interagindo em harmonia. Para que isso ocorra, é preciso que as células sejam capazes de perceber o que acontece no ambiente externo. Por isso, cada uma delas possui pequenos receptores em suas paredes celulares, capazes de receber sinais do corpo, que estimulam reações internas. Lefkowitz e Kobilka descobriram a natureza de um tipo específico desses receptores, que agem sobre as proteínas G.
 
Em 1968, Robert Lefkowitz teve a ideia de usar a radiação para encontrar esses receptores celulares. Ele acoplou um isótopo de iodo a um hormônio para interagir com uma célula em laboratório. Quando o isótopo se ligou à superfície da célula, a radiação permitiu a localização exata desse receptor. Isso possibilitou ao pesquisador descobrir os receptores beta-adrenérgicos, que são estimulados pela ação dos hormônios adrenalina e noradrenalina.
 
Brian Kobilka passou a integrar a equipe de Lefkowitz em 1980 e teve como principal missão  pesquisar os genes específicos que codificam os receptores beta-adrenérgicos. Ao analisar a  estrutura do receptor, Kobilka observou que eles se pareciam com os receptores responsáveis por  capturar os sinais de luz na retina dos olhos. Essa descoberta o fez concluir que havia uma classe de receptores que se pareciam fisicamente e funcionavam de maneira semelhante: os receptores acoplados à proteína G.
 
As pesquisas de Lefkowitz e Kobilka, bem como dos estudos de Alfred Goodman e Martin Rodbell, que em 1994 ganharam o Nobel de Medicina pelo descobrimento das proteínas G e de seu papel na transmissão de caracteres nas células, permitiram a produção de medicamentos que agem por meio de receptores acoplados a proteínas G, como os anti-histamínicos (paraalergia), cardiovasculares (betabloqueadores) e tratamentos psiquiátricos.
 
Biografias - Natural de Nova York, Robert Lefkowitz nasceu em 1943 e se formou em medicina em 1966. Estudou no College of Physicians and Surgeons, da Universidade de Columbia. É pesquisador, desde 1976, no Instituto Médico Howard Hughes. Também trabalha no Centro Médico Universitário Duke, de Durham (EUA).
 
Professor de Medicina, Cardiologia e Fisiologia Molecular e Celular na Escola de Medicina de Stanford, Brian Kobilka nasceu em 1955, no Minnesota. Graduou-se pela Escola de Medicina de Yale. Após concluir a residência num hospital de Saint Louis, foi admitido no laboratório de Robert Lefkowitz para trabalhar como pesquisador em cardiologia.
 
Clique aqui para obter outros detalhes sobre o Prêmio Nobel de Química deste ano.




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