Estudantes - Olimpíada de Química anuncia ganhadores
Apoiada pelo CRQ-IV, competição define time para a OBQ
A edição 2013 da Olimpíada de Química de São Paulo (OQSP) teve os seus vencedores anunciados no dia 08 de junho, em evento que teve a presença do presidente do CRQ-IV, Manlio de Augustinis. Promovida pela seção paulista da Associação Brasileira de Química (ABQ-SP), a OQSP tem o Conselho como um de seus apoiadores. Neste ano, o tema das redações que concorreram aos prêmios foi “Química: mais cor em nossas vidas”.
Guilherme Renato Martins Unzer, aluno do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Etapa, da capital paulista, e Aline Bruno Figueiredo, estudante do 2º ano do Colégio SEB - COC Lafaiete, de Ribeirão Preto, foram vencedores em suas categorias. Ambos e mais 48 estudantes obtiveram classificação para disputar a Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) deste ano.
Foram concedidas 50 medalhas e R$ 6 mil em prêmios. Seis medalhas de ouro foram conquistadas por estudantes do 3º ano do Ensino Médio. Além de Guilherme Unzer, que também ganhou o Prêmio Talentos oferecido pela Braskem, no valor de R$ 3 mil, ganharam ouro e prêmios em dinheiro os alunos do 3º ano Giancarlo Ferrigno Alves, Colégio Bandeirantes, de São Paulo (R$ 800), e Luis Fernando Valle, Colégio Mater Amabilis, de Guarulhos (R$ 400). Para alunos do 2º ano, além de Aline Bruno Figueiredo, que ganhou o Prêmio Professor Geraldo Vicentini e R$ 1 mil, ganharam medalha de ouro e prêmios em dinheiro Kevin Eiji Iwashita, Colégio Etapa, de São Paulo (R$ 500) e Chan Song Moon, da unidade de Valinhos da mesma instituição (R$ 300).
De acordo com o coordenador da OQSP, Ivano Gebhardt Rolf Gutz, professor do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), “a Olimpíada tem alcançado reconhecimento crescente como catalisadora do interesse dos jovens pela química, favorecendo a atração de talentos para cursos e carreiras em química e áreas correlatas”.
O tema visou, segundo Gutz, remeter os alunos à observação, estudo, experimentação e discussão sobre a origem das cores e a presença de corantes e pigmentos em tintas, plásticos, têxteis, cosméticos, alimentos, vidros, impressos, fotografias, pinturas artísticas, entre outros materiais. “Na divulgação, exemplificamos que a participação da química é crucial, também, nos dispositivos emissores de luz e na reprodução de imagens coloridas, fixas ou em movimento, nas telas de celulares, televisores e monitores (plasma, cristal líquido, LED, OLED), assim como na detecção de cores pelas câmeras”, cita o professor.
Gutz afirma que a OQSP é a única das olimpíadas de química estaduais a incluir a elaboração de redação entre as vias de classificação para a fase final. “Os professores consideram isto um incentivo à participação de estudantes, que não se disporiam a enfrentar uma prova seletiva, mas se interessam em estudar o tema e colaborar em um grupo que tenha ao menos um componente disposto a seguir para o exame final”, salienta.
Além do portal AllChemy (http://allchemy.iq.usp.br), também coordenado pelo professor Gutz, a divulgação da Olimpíada é feita por meio de 9 mil cartazes e folders enviados para mais de 3 mil escolas públicas e privadas, material impresso por meio do apoio concedido pelo CRQ-IV.
Para o coordenador, o apoio da direção do IQ-USP e da sua Comissão de Cultura e Extensão “tem sido essencial e se soma ao da Fuvest e ao da Academia de Ciências do Estado de São Paulo. Além do CRQ-IV, merecem destaque na lista de apoiadores a Abiclor, que contribui desde 2001, seguida pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, presente desde 2003. Alguns patrocinadores participaram ocasionalmente, em função do tema anual, enquanto outros poderão continuar, como a Basf e a Braskem e, desde o Ano Internacional da Química (2011), também a Dow”.
O número de participantes na primeira fase da OQSP vem crescendo desde 1997. Atualmente, a média está em cerca de 6 mil alunos (autores e coautores, já que são permitidos trabalhos em grupo), que elaboram em torno de 3,5 mil redações sobre o tema anual. A primeira seleção é feita pelas escolas de origem dos inscritos, que escolhem as melhores e as encaminham para a organização da OQSP.
Homenagem – O Prêmio Professor Geraldo Vicentini é uma homenagem ao ex-vice-presidente do CRQ-IV. Titular do IQ-USP, ficou conhecido mundialmente por seus trabalhos com Terras-Raras, tendo sido escolhido presidente do Rare Earths 2001, evento internacional ocorrido no Brasil em setembro de 2001. Faleceu em 2003, aos 74 anos.
Prêmios Santander distribuirão R$ 2 milhões
A 9ª edição dos Prêmios Santander Universidades estará com inscrições abertas até o dia 17 de setembro. Divididos nas modalidades Ciência e Inovação, Empreendedorismo, Universidade Solidária e Guia do Estudante, a iniciativa proporcionará um total de R$ 2 milhões aos melhores trabalhos, além de bolsas de estudos.
O prêmio Ciência e Inovação busca estimular a produção da pesquisa científica de caráter inovador em prol do progresso da sociedade. Os doze finalistas da competição, direcionada a pesquisadores doutores que atuam como docentes em instituições de ensino superior reconhecidas pelo Ministério da Educação e parceiras do Santander Universidades, receberão uma bolsa de estudos internacional equivalente a 5 mil euros.
O prêmio Empreendedorismo é voltado a alunos de graduação e pós-graduação e se destina a apoiar e reconhecer a criação e o desenvolvimento de projetos de estudantes com perfil e postura empreendedora. Todos os inscritos poderão fazer um curso on-line de empreendedorismo, com certificação do Babson College, dos Estados Unidos.
Já na modalidade Universidade Solidária serão contemplados oito projetos de professores e alunos que tenham interesse ou já realizam projetos sociais de desenvolvimento sustentável com ênfase em geração de renda.
Criado pela Editora Abril, o Prêmio Guia do Estudante visa reconhecer ações e projetos de excelência nas áreas de uso de recursos tecnológicos, autoavaliação institucional, parceria com o setor privado e investimentos em setores estratégicos.