Dez cidades foram beneficiadas com os 17 treinamentos promovidos pelo CRQ-IV
O Programa Minicursos CRQ-IV será concluído neste mês de outubro, contabilizando perto de 500 inscrições para os 17 treinamentos promovidos em dez cidades. Em seu oitavo ano consecutivo, a iniciativa prevê a oferta de cursos gratuitos, com cerca de sete horas de duração, sobre os diversos ramos da área química. Além dos treinamentos, os participantes recebem material didático e refeições. Podem participar profissionais e estudantes em situação regular no Conselho. Desde a sua criação, em 2006, cerca de cinco mil pessoas participaram do programa. Patrocinados desde seu início pela Caixa Econômica Federal, os minicursos passaram a contar este ano com apoio financeiro do Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos de São Paulo (Sinquisp).
Por concentrar o maior número de profissionais, a cidade de São Paulo sediou este ano cinco treinamentos. Campinas, Ribeirão Preto e Santos receberam dois eventos. Também foram contemplados com um minicurso os profissionais das regiões de Bauru, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sorocaba, Araraquara e Piracicaba, que são cidades onde o Conselho possui escritórios. Por razões econômicas, só não foi possível atender a região de Araçatuba.
O programa teve como principal novidade em 2013 a realização de um minicurso com 16 horas de duração, ocorrido nos dias 09 e 10 de agosto, em São Paulo, intitulado “Polímeros termoplásticos, termofixos e elastômeros: características e ensaios de laboratório”. A intenção foi testar uma sugestão feita por alguns participantes de edições anteriores do programa, que reivindicavam cursos mais aprofundados. O resultado foi positivo, conforme apurou pesquisa de satisfação que o Conselho faz após todos os minicursos, disponível no site da entidade.
O mesmo levantamento questionou os participantes dos outros eventos sobre como avaliavam a possibilidade de serem feitos mais cursos de maior duração. As respostas foram bem divididas: a maioria, notadamente do Interior, considerou a ideia boa, mas apontou dois fatores que poderiam inviabilizar a participação: a dificuldade de obter dispensa do trabalho para um dos dias do curso e, principalmente, o aumento do custo, uma vez que muitos profissionais viajam grandes distâncias para participar desses eventos.
Apesar de não haver taxa de inscrição, a participação em cursos de dois ou mais dias implicaria despesas de hospedagem e de alimentação, que poucos poderiam pagar. A Técnica Daiellen Vale dos Santos, 29 anos, e o Bacharel e Licenciado em Química Diego Fernando Falcão, 28 anos, por exemplo, vieram de Bauru para fazer o minicurso sobre polímeros. Ambos disseram que a participação foi possível porque a viagem de quase quatro horas de duração até São Paulo e a hospedagem num hotel próximo da sede do Conselho foram custeadas pela empresa onde trabalham, a Plajax Indústria e Comércio. O curso teve 29 participantes, a maioria deles residente na Capital e Grande São Paulo.
Outros minicursos com dois dias de duração não estão descartados, mas as respostas dos participantes sugerem que eventos desse tipo terão chances de dar certo se tratarem de assuntos bem específicos e forem programados para grandes cidades.
Prática – Dois outros cursos ocorreram em agosto: no dia 17, em Sorocaba, o assunto foi a legislação a respeito dos resíduos sólidos; no dia 24, em Santos, os desafios e as oportunidades para os profissionais da química com a exploração do petróleo na camada do pré-sal foram detalhados por Luiz Roberto dos Santos Alves, Engenheiro Químico da Petrobras.
Uma das características dos minicursos é a aplicação de exercícios e/ou dinâmicas destinadas a permitir que os participantes absorvam mais facilmente as teorias. E prática não faltou, por exemplo, no treinamento “Aplicação das ferramentas da qualidade”, apresentado dia 21 de setembro, em Araraquara. As atividades propostas pelo instrutor Carlos Alberto Trevisan tomaram cerca da metade do tempo do curso e para resolvê-las os participantes precisaram fazer muitas contas para solucionar os problemas e depois elaborar gráficos. Para a Engenheira Química Daniela Kharfan, de 41 anos e que participou pela primeira vez do programa, o curso foi muito bom, pois se preocupou em facilitar o aprendizado com a aplicação de vários exercícios.
Depois de ter recebido um treinamento sobre biotecnologia, em julho, Ribeirão Preto sediou outro minicurso no dia 28 de setembro. Desta vez, o tema foi a aplicação do processo físico-químico no tratamento de efluentes. As explicações dadas pelo Químico Industrial Karlos André de Amaral Melo foram ilustradas com a demonstração de equipamentos para uso em ETE, como o multiparâmetro – que é utilizado para medir e gravar, entre outros, dados como pH, oxirredução, oxigênio dissolvido e temperatura.
O último minicurso em São Paulo ocorreu no dia 5 de outubro e discutiu um tema inédito no programa, a Manutenção Produtiva Total, ferramenta destinada a agregar valor aos processos industriais a partir da redução dos custos de produção e manutenção. Voltado principalmente a profissionais encarregados do gerenciamento industrial, o curso foi apresentado pelo Engenheiro de Alimentos Fabrício Miguel Farinassi.
A melhoria da administração da produção também foi o tema do minicurso agendado para o dia 19 do mesmo mês, em Campinas, quando a Bacharel Giovana Povia Girotto falaria sobre gestão estratégica com ênfase em lean manufacturing. Esse mesmo treinamento já havia ocorrido em São Paulo e, como o interesse foi grande, o CRQ-IV decidiu promover uma segunda apresentação. Campinas foi escolhida por concentrar o maior contingente de profissionais da química depois da Capital.
A conclusão do programa está prevista para o dia 26 de outubro, em Piracicaba, oportunidade em que o Bacharel em Química Marcos Sillos, diretor da empresa Edutech Ambiental, falará sobre um dos assuntos de maior destaque no momento: o gerenciamento de áreas contaminadas.
A intenção do CRQ-IV é manter os minicursos em 2014. Para tanto, dará continuidade aos contatos para renovar patrocínios atuais e buscar a obtenção de outros.
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O Programa Minicursos CRQ-IV será concluído neste mês de outubro, contabilizando perto de 500 inscrições para os 17 treinamentos promovidos em dez cidades. Em seu oitavo ano consecutivo, a iniciativa prevê a oferta de cursos gratuitos, com cerca de sete horas de duração, sobre os diversos ramos da área química. Além dos treinamentos, os participantes recebem material didático e refeições. Podem participar profissionais e estudantes em situação regular no Conselho. Desde a sua criação, em 2006, cerca de cinco mil pessoas participaram do programa. Patrocinados desde seu início pela Caixa Econômica Federal, os minicursos passaram a contar este ano com apoio financeiro do Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos de São Paulo (Sinquisp).
O mesmo levantamento questionou os participantes dos outros eventos sobre como avaliavam a possibilidade de serem feitos mais cursos de maior duração. As respostas foram bem divididas: a maioria, notadamente do Interior, considerou a ideia boa, mas apontou dois fatores que poderiam inviabilizar a participação: a dificuldade de obter dispensa do trabalho para um dos dias do curso e, principalmente, o aumento do custo, uma vez que muitos profissionais viajam grandes distâncias para participar desses eventos.
Prática – Dois outros cursos ocorreram em agosto: no dia 17, em Sorocaba, o assunto foi a legislação a respeito dos resíduos sólidos; no dia 24, em Santos, os desafios e as oportunidades para os profissionais da química com a exploração do petróleo na camada do pré-sal foram detalhados por Luiz Roberto dos Santos Alves, Engenheiro Químico da Petrobras.
