O II Fórum de Recursos Hídricos, promovido nos dias 17 e 18 de março pela Comissão Técnica de Meio Ambiente (CTMA) do CRQ-IV, ocorreu na sede da entidade e teve a presença de cerca de 80 profissionais e estudantes. O evento, que contou com apoios do Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos de São Paulo (Sinquisp) e da Associação dos Engenheiros da Sabesp (AESabesp), buscou divulgar inovações tecnológicas e pesquisas na área de tratamento, discutir a disponibilidade, a qualidade e a garantia de suprimento de água.
Ao falar na abertura do fórum, o presidente do CRQ-IV, Manlio de Augustinis, afirmou que o evento é um dos mais importantes organizados pela entidade, pois “o Conselho não poderia se abster da missão de discutir alternativas para a preservação da água, já que os profissionais da química têm entre suas atribuições legais o tratamento desse importante recurso para a sobrevivência humana”.
CRQ-IV
Desembargadora Consuelo Yoshida participou do evento
Garantia de qualidade da água, o Plano de Segurança da Água (PSA), os impactos da exploração do gás de xisto nos recursos hídricos, análise de interferentes endócrinos e tratamento de água de disruptores endócrinos foram alguns dos assuntos apresentados no primeiro dia do encontro.
As questões legais destacaram-se no segundo dia do evento. Foram discutidos o Decreto Estadual nº 59.263/2013 e a Resolução nº 420/09, do Conselho Nacional do Meio Ambiente, que estabelecem diretrizes para proteção do solo e o gerenciamento de áreas contaminadas. Em um painel que teve a participação de Consuelo Yoshida, desembargadora do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, foram discutidas as responsabilidades civil e criminal de agentes públicos e privados no que tange às áreas contaminadas. Foram relatadas ações do Ministério Público do Meio Ambiente em prol da preservação dos recursos naturais a fim de que danos ambientais sejam reparados. Na avaliação da desembargadora Yoshida, essas iniciativas buscam causar um “efeito pedagógico” e compensar perdas materiais e danos à saúde humana por meio do pagamento de indenizações pelos infratores.
As novas abordagens de investigação de águas subterrâneas em áreas com pontos de contaminação e a discussão sobre processos alternativos de captação de recursos hídricos foram outras palestras apresentadas.
A programação foi encerrada com uma mesa redonda sobre o valor da água, que reuniu os Engenheiros Químicos Jorge Correia e José Antonio Monteiro Ferreira, ambos da CTMA, os palestrantes Mateus Simonato e Renato Ramos e a jornalista Daniela Chiaretti, do Valor Econômico.
Atualização – Entender as tendências da área foi a razão que motivou muitos profissionais a participarem do fórum, como a Bacharel em Química Márcia Bragato, 49 anos. Com títulos de mestrado e doutorado em seu currículo, ela veio do Espírito Santo para buscar referências em legislação e tecnologia. “Sou analista ambiental e lido com gerenciamento de recursos hídricos e águas contaminadas” disse.
O Engenheiro Químico Marcelo Ferreira, 38 anos, já trabalhou por cinco anos com equipamentos para estações de tratamento de efluentes. “Tive a chance de aprender conceitos de geologia, hidrologia e metodologias de tratamento de água e gestão de áreas contaminadas”, contou.
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