Para Iglecias, ponto principal do protocolo é a iniciativa voluntária
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente realizou dia 21 de outubro, em sua sede, um encontro com representantes de empresas, associações e entidades empresariais paulistas para apresentação do Protocolo Climático do Estado de São Paulo. A iniciativa visa estimular empresas estabelecidas no Estado de São Paulo a adotarem medidas de mitigação e de adaptação às mudanças climáticas, incluindo iniciativas de redução das emissões de gases de efeito estufa, de aumento da eficiência hídrica e energética e de práticas de responsabilidade socioambiental, com o intuito de atender à Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC). A pré-adesão ao protocolo, que é voluntária e gratuita, já pode ser feita pelo site www.ambiente.sp.gov.br/spclima.
Nesta primeira fase, o Protocolo Climático é voltado apenas às indústrias e empresas de comércio e serviços estabelecidas na cidade de São Paulo. A ideia, contudo, é expandir a abrangência para municípios, associações e entidades de classe, entre outras instituições, disse Patrícia Iglecias, secretária estadual do Meio Ambiente.
“O ponto principal do protocolo é a iniciativa voluntária das empresas. Já passamos da fase de comando e controle, em que se forçava a adesão a uma iniciativa porque havia uma lei a ser cumprida. Agora, estamos em uma fase de construção conjunta público-privada”, disse a secretária.
A fim de apoiar a implantação do Protocolo Climático, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente assinou, no último dia 8 de outubro, um protocolo de intenções com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), com o objetivo de auxiliar as empresas a identificar ou desenvolver tecnologias voltadas à mitigação e adaptação aos impactos das mudanças climáticas. O financiamento poderá ser feito por meio dos programas de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica, de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas e de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais, da Fapesp.
“O protocolo de intenções assinado com a Fapesp permitirá apoiar principalmente as pequenas e médias empresas para as quais é mais complicado implementar medidas de redução de emissões de gases de efeito estufa. As grandes empresas e setores mais estruturados já possuem iniciativas nessa área”, comparou Iglecias.
PONTUAÇÃO - O sistema projetado pelo governo passará a atribuir pontos, num total de 9, às informações prestadas pelas empresas que aderirem ao protocolo. Dados de inventários de emissão de CO2 e outros gases do efeito estufa, parâmetros comparativos entre seu desempenho e melhores práticas identificadas na literatura ou em outras referências publicamente disponíveis, metas voluntárias e medidas de adaptação climática estão entre os itens a serem avaliados.
Durante o evento, representantes da Unilever, Grupo Votorantim, Carrefour, Fundação Coge – que reúne 67 empresas privadas do setor de energia elétrica do País –, Associação Paulista de Supermercados e Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro assinaram um memorando de entendimento de pré-adesão ao Protocolo Climático.