Com a presença de 90 alunos de graduação e pós-graduação, o Núcleo Alquimia apresentou no dia 3 de maio, no anfiteatro do Instituto de Química da Unesp de Araraquara, o seminário A Química do Café. O evento integra o rol de atividades do grupo, que já foi objeto de matéria deste Informativo em 2012.
Apresentado pelos graduandos Daniel Arisa e Mariana Selvaggio, o seminário objetivou mostrar todas as reações envolvidas desde o plantio do café até seus efeitos no organismo. Questões como o vício em cafeína e a importância das quantidades de carboidratos e proteínas contidas no produto, entre outras, foram abordadas de forma a facilitar a compreensão por parte do público.
O Núcleo Alquimia, projeto de extensão universitária do IQ-Unesp criado em 1988, atua em várias frentes para divulgar a Química de forma descontraída e atrativa: além de apresentações teatrais, promove seminários, oficinas e workshops. Também possui um canal no YouTube e uma página no Facebook. Atualmente, o grupo é coordenado pelo professor Rodrigo Fernando Costa Marques, com a colaboração dos docentes Denis Martins de Godoi e Érica Regina Filletti Nascimento. Vinte alunos participam na condição de bolsistas ou voluntários. Mais informações em http://bit.ly/27SoEWc.
Letícia Longo
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Lúcia Helena Mascaro Sales, coordenadora de Educação e Difusão de Conhecimento do CERSusChem |
UFSCAR – Entre os dias 9 e 11 de maio, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) recebeu crianças da rede de ensino da cidade e região no Circo da Ciência. Em sua 13ª edição, o evento promovido pelo Departamento de Química da universidade, em parceria com o Núcleo Ouroboros de Divulgação Científica e diversos Programas de Educação Tutorial, se propôs a divulgar a ciência de maneira acessível, por meio de observações astronômicas, atividades culturais e experimentos nas áreas de Química, Física, Matemática e Biologia. E o Centro de Excelência para Pesquisa em Química Sustentável (CERSusChem), coordenado pela UFSCar, participou do evento e mostrou ao público o quanto a Química está presente no cotidiano de todos.
Uma equipe formada por pós-graduandos e pós-doutorandos, coordenados pela professora Lúcia Helena Mascaro Sales, coordenadora de Educação e Difusão de Conhecimento do CERSus Chem, recebeu os participantes, que interagiram com alguns experimentos relacionados à área de Química Verde. Um deles foi a célula fotovoltaica feita com amora. Essas células captam a luz do sol e a transformam em energia elétrica. Como o sol é considerado uma fonte de energia limpa, sustentável e inesgotável, as células fotovoltaicas oferecem uma alternativa com baixo impacto ambiental e grande potencial de produção de energia renovável. Foi apresentada aos alunos uma forma de produzir células fotovoltaicas sensibilizadas com suco de amora. A luz do sol que o corante da amora absorve é usada para produzir corrente elétrica.
Outro experimento foi o de produção de combustível hidrogênio a partir da água. A energia é essencial para promover desenvolvimento econômico, social e cultural. Assim, o aumento da poluição, as limitações nas reservas de combustíveis fósseis, a crise do petróleo e a ausência de regulamentação no setor de distribuição de energia são preocupações cada vez maiores do Homem. Nesse contexto, atualmente existe uma crescente busca por combustíveis alternativos e o hidrogênio é um forte candidato para fornecer energia limpa. Esse gás pode ser obtido por diferentes métodos, destacando-se a eletrólise da água. Nesse processo, são produzidos os gases hidrogênio e oxigênio, que podem ser utilizados nas células a combustível. O hidrogênio é considerado o combustível do futuro.
Por fim, também foi apresentado o tratamento de efluentes com corantes. Um dos grandes problemas atuais da sociedade é a poluição ambiental, especialmente a poluição da água. Diversos métodos são utilizados para o tratamento da água e efluentes. Entretanto, alguns poluentes apresentam alta resistência e não são degradados pelos processos convencionais. Nesse sentido, uma das tecnologias em desenvolvimento é o processo Fotofenton para degradar esses poluentes. A partir desse processo, é possível remover a cor de corantes têxteis, minimizando o impacto ambiental. No experimento realizado no evento, foi observada a remoção da cor de um corante azul após 10 minutos de reação sob radiação.
O CERSusChem é uma iniciativa de docentes do Departamento de Química da UFSCar, e conta com 18 pesquisadores da instituição, e da Unesp, USP, Unicamp e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).