O Bacharel em Química com Atribuições Tecnológicas Hans Viertler é o novo presidente do CRQ-IV. Ele foi eleito para dirigir a entidade no dia 1º de agosto, substituindo o Engenheiro Manlio de Augustinis que, alegando razões particulares, renunciou ao posto que ocupou nos últimos 12 anos. Antes de ser presidente, Augustinis foi conselheiro da entidade e seu diretor-executivo.
Professor doutor da Universidade de São Paulo há cinco décadas, Viertler, que era vice-presidente do Conselho, permanecerá na presidência até julho de 2017, quando terminaria o mandato de seu antecessor. Em agosto do ano que vem tomará posse para um mandato de três anos o presidente que deverá ser eleito em janeiro.
Em sua primeira entrevista ao Informativo, Viertler disse que, apesar das restrições orçamentárias, reflexo da recessão econômica que atravessa o País, em sua gestão o Conselho manterá seus programas de apoio aos profissionais e estudantes da área. Veja mais detalhes sobre a troca de comando na entidade nas páginas 8 e 9.
Lançado em 2014, o Cadastro de Peritos – que reúne profissionais aptos a atuar em processos judiciais e/ou administrativos que envolvam demandas da área química – passou a ser totalmente on-line. Conforme destaca matéria publicada na página 6, a mudança vai conferir mais agilidade na atualização dos dados e na inclusão de novos profissionais nesse serviço.
A edição traz ainda uma cobertura fotográfica da cerimônia realizada dia 18 de junho em comemoração ao Dia do Profissional da Química (pág. 3) e uma reportagem (pág. 12) sobre o início da utilização de dispositivos eletrônicos que poderão substituir animais em testes de toxicidade de produtos cosméticos.
Fosfoetanolamina - Icesp inicia testes com seres humanos
O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) começou, no dia 25 de julho, a pesquisa clínica para analisar a eficácia da fosfoetanolamina sintética em pacientes com câncer. Anunciado oficialmente pelo governador Geraldo Alckmin no dia 21/07, o estudo foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde e está sendo feito com o composto sintetizado pelo laboratório PDT Pharma, de Cravinhos, e encapsulado pela Fundação para o Remédio Popular.
O processo de síntese do composto foi supervisionado por pesquisadores que desenvolveram a fórmula, como Gilberto Orivaldo Chierice, professor aposentado do Instituto de Química da USP de São Carlos, que fez diversas críticas aos testes feitos por centros de pesquisa contratados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, abordados na edição nº 138 do Informativo.
O estudo conduzido pelo Icesp prevê uma primeira fase em que serão avaliados dez pacientes para determinar a segurança da dose aplicada. Caso não sejam apresentados efeitos colaterais graves em até dois meses, a pesquisa prosseguirá por mais seis meses e será dividida em estágios. No primeiro, está prevista a inclusão de mais 21 pacientes para cada um dos dez tipos de tumor: cabeça e pescoço, pulmão, mama, cólon e reto (intestino), colo uterino, próstata, melanoma, pâncreas, estômago e fígado. Os candidatos passarão por triagem e deverão preencher os critérios de elegibilidade. Se observados sinais de atividade da substância nessa fase, o estágio 2 se iniciará com mais 20 participantes em cada grupo.
Progressivamente, desde que se comprove atividade antitumoral relevante, a inclusão de pacientes continuará até atingir o máximo total de mil pessoas (100 para cada tipo de câncer) em um período máximo de dois anos.