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Programa busca evitar doenças, salienta Vieira |
Em workshop promovido no dia 8 de março, na sede do Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica no Estado de São Paulo (Sinproquim), a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) apresentou os requisitos previstos na nova instrução técnica do Programa de Proteção Respiratória (PPR) desenvolvido pela entidade, publicada em 2016. O evento foi organizado pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) em parceria com o Sinproquim.
Um dos palestrantes foi o chefe do Serviço de Equipamentos de Segurança da Fundacentro, o Químico Antonio Vladimir Vieira. Segundo ele, foi realizada uma segunda atualização da instrução técnica original, publicada em 1994 (a primeira revisão foi feita em 2003). Em entrevista ao Informativo, salientou que as mudanças foram necessárias devido aos avanços tecnológicos e a novos conhecimentos técnico-científicos.
“O PPR é destinado a todos os ambientes em que há riscos, como é o caso de uma indústria química. Uma das questões fundamentais é a escolha do tipo de proteção para cada caso, se a máscara utilizada possui a eficiência necessária”, apontou o Químico. Ele acrescentou que a obrigatoriedade de uso de equipamentos de proteção individual adequados já é prevista na legislação trabalhista. Por isso, o Ministério do Trabalho é responsável pela fiscalização do uso de protetores respiratórios. “Caso a empresa não tenha um PPR aplicado e ocorrer algum acidente de trabalho, poderá sofrer punições”, alertou.
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Publicação está disponível no site da Fundacentro |
Vieira explicou que o programa consiste em um processo para seleção, uso e manutenção dos respiradores com a finalidade de assegurar proteção adequada para o usuário por meio de um checklist englobando aspectos como: avaliação dos riscos respiratórios; avaliação das condições físicas, psicológicas e médicas dos usuários; ensaio de vedação; uso de respirador para fuga, emergência e resgates etc..
O PPR estabelece como parâmetro o Fator de Proteção Atribuído (FPA), índice utilizado para aferir o nível de proteção que se espera alcançar no ambiente de trabalho quando um trabalhador treinado usa um respirador em bom estado, ajustado de modo correto, durante todo o tempo em que permanece na área contaminada.
De acordo com o especialista da Fundacentro, a seleção do equipamento adequado para cada empresa deve considerar alguns fatores, como a concentração de substâncias contaminantes (como amônia, por exemplo) e se há ou não deficiência de oxigênio no ambiente. Vieira apresentou alguns modelos de respirador, como as peças com filtros para particulados ou gases e vapores: enquanto a que proporciona uma proteção semifacial possui um FPA 10, a peça facial inteira chega a ter um índice de 100.
PROGRAMA – O Programa de Proteção Respiratória (PPR) é um conjunto de medidas práticas e administrativas que devem ser adotadas com o objetivo de adequar a utilização de equipamentos de segurança. Ele visa evitar doenças ocupacionais provocadas pela inalação de poeiras, fumos, névoas, fumaças, gases e vapores.
Disponível para download no site da Fundacentro, o programa apresenta os requisitos essenciais para a elaboração de um PPR, com informações acerca de riscos respiratórios, procedimento de seleção do respirador, treinamento dos atores envolvidos, escolha do tamanho da peça facial que melhor veda o rosto e o seu uso correto.