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Cursos devem criar uma "cultura digital", diz Maia
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Ser estudioso, inovador, consciente dos riscos de suas atividades e comunicativo. Estas são algumas das características que formam o perfil do profissional desejado pelas indústrias químicas no século XXI. As expectativas do mercado e a formação de mão de obra, por meio de cursos das instituições de ensino ou de programas de capacitação feitos por empresas, foram objetos de palestras e debates em workshop realizado no dia 22 de setembro pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que reuniu gestores das áreas de Educação e Recursos Humanos.
Na abertura, o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, enalteceu a importância da Química para a melhoria da qualidade de vida humana, especialmente nos últimos 100 anos, e para o desenvolvimento sustentável do planeta nas próximas décadas. Segundo ele, tal capacidade de inovar e transformar só será mantida pela atuação de profissionais altamente qualificados. “A indústria química será o segmento mais brilhante deste século, impulsionado pelas novas ondas de inovação em bio e nanotecnologias”, enfatizou.
Em sua palestra “A Quarta Revolução Industrial, a empresa digital e o futuro do emprego”, o gerente de Inovação e Tecnologia do Senai, Osvaldo Lahoz Maia, assinalou a queda do Brasil em termos de competitividade global (da 75ª posição para a 81ª em 2016), apontando a formação de profissionais aptos a trabalhar com as novas tecnologias digitais como um dos pilares para a reversão desse quadro.
Considerando os três eixos da chamada “quarta revolução industrial” – tecnologia, capital humano e modelos de negócios e plataformas –, Maia enfatizou que as empresas devem adaptar suas operações a essa nova realidade, criando condições para atrair e reter os melhores talentos. Ao mesmo tempo, os cursos da área devem acompanhar as mais recentes tendências, criando uma “cultura digital” desde o ambiente de ensino. No caso do Senai, a metodologia atual contempla o processo de implantação de uma fábrica totalmente conectada, com processos otimizados pela utilização de tecnologias, incluindo computação em nuvem, dispositivos móveis e análise de grandes volumes de dados (“big data”).
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Figueiredo: inovação será mantida por elevada qualificação
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“O desenvolvimento nos campos da Inteligência Artificial e Aprendizado Computacional, Robótica, Nanotecnologia, Impressão 3D e Genética e Biotecnologia estão se interconectando e acelerando um ao outro, constituindo o que se chama de 4ª revolução industrial”, concluiu o gerente do Senai.
“A missão do Instituto de Química da USP na geração de talentos para a indústria química” foi o tema da palestra de Luiz Henrique Catalani, diretor do IQ-USP. Ao apresentar os cursos oferecidos pela instituição, como o Bacharelado em Química, salientou a responsabilidade das escolas como intermediárias entre a sociedade e o mercado de trabalho.
De acordo com um levantamento feito pela instituição, atualmente os alunos ingressantes tendem a buscar formação para atuar nos segmentos de Química Forense, Química dos Alimentos, Nanotecnologia, Química dos Materiais, Química Nuclear, Química Quântica, Química Computacional e Fitoquímica. A programação teve ainda palestras com o psicólogo Julio Cezar Ferri Turbay, que abordou os novos desafios para a gestão de pessoas; e Mária Alves Fernandes de Oliveira, que falou sobre o uso das tecnologias no desenvolvimento de recursos humanos da Transpetro. Também foram apresentados casos de sucesso de programas de capacitação mantidos pelas empresas Rhodia e Braskem.