Sete meses após ter sido praticamente descartada pelo Instituto do Câncer de S. Paulo (Icesp) como uma alternativa ao tratamento da doença, a fosfoetanolamina volta ao noticiário. Em outubro, a Assembleia Legislativa paulista decidiu instaurar uma CPI para investigar as razões daquela decisão. O ponto de partida para o processo foram as alegações – feitas por integrantes do grupo que sintetizou o composto –, de que houve falhas nos testes conduzidos pelo Icesp.
Por sua vez, o governo federal anunciou a retomada dos testes com a substância. Agora, a chamada “pílula do câncer” terá avaliada sua farmacocinética, estudo que será feito na Universidade Federal do Ceará.
Em outra frente, o Instituto Viva Fosfo, que reúne apoiadores da liberação da substância como medicamento, informou que a entidade teve seu estatuto alterado, o que lhe permitirá atuar como um centro de pesquisa. Essa mudança o credenciaria a receber investimentos para agilizar o cumprimento dos protocolos legais que poderão comprovar a eficácia do produto.
Enquanto grande parte dos especialistas segue cética em relação à eficácia da fosfoetanolamina sintética, o composto, convertido em suplemento alimentar, continua sendo fabricado nos Estados Unidos e trazido para o Brasil por meio de importação direta.
O mercado parece promissor, pois novas marcas estão sendo lançadas. A mais nova é a “Phosphoethanolamine+Plus” que, segundo sua distribuidora, é produzida por uma indústria brasileira. Consultada, essa empresa confirmou o desenvolvimento da fórmula, mas disse que a produção é feita nos EUA, onde o produto é vendido.
Confira mais detalhes deste e de outros assuntos abordados nesta última edição de 2017 do Informativo.
Boas festas!
Produtos Perigosos - ONU publica revisão do Orange Book
Está disponível para download a versão eletrônica da 20ª revisão do Recommendations on the Transport of Dangerous Goods. Também conhecido como Orange Book, o regulamento faz parte do esforço da Organização das Nações Unidas (ONU) para harmonizar o transporte de produtos perigosos como meio para garantir a proteção da saúde, do meio ambiente e facilitar o comércio mundial.
A revisão propõe, dentre outras alterações, novas e atualizadas instruções relativas a artigos que contenham substâncias perigosas; classificação de fertilizantes a base de nitrato de amônio; classificação de misturas corrosivas; unidades de transporte de carga contendo baterias de lítio; instruções de embalagem para baterias de lítio defeituosas ou danificadas; relatórios de teste para baterias de lítio; transporte de substâncias instáveis sob controle de temperatura; transporte de veículos alimentados por líquidos ou gases inflamáveis e células de combustível ou baterias.
A versão impressa da 20ª revisão do Orange Book está disponível para compra. Já a versão eletrônica, em inglês, se encontra disponível para download gratuito.