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Armelin (E) e Ivna (D) ganharam medalhas de ouro. Brasil subiu seis posições em ranking mundial
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Os estudantes do Ensino Médio, Vinicius Figueira Armelim, de Valinhos (SP), e Ivna de Lima Ferreira Gomes, de Fortaleza (CE), conquistaram o ouro na 50ª Olimpíada Internacional de Química (OIQ), realizada em julho, nas cidades de Bratislava (Eslováquia) e Praga (República Tcheca).
Outros dois estudantes brasileiros que participaram do torneio, João Victor Moreira Pimentel e Orisvaldo Salviano Neto, ambos do Ceará, conquistaram, respectivamente, medalhas de prata e bronze. Os participantes fizeram uma prova experimental em laboratório e uma prova teórica, com duração de cinco horas cada.
Essa é a primeira vez na história da competição, da qual participa desde 1997, que o País ganha medalhas de ouro. Por conta delas, o Brasil subiu seis posições no ranking mundial, ficando em 12º lugar. Na classificação geral, entre os 304 estudantes de 76 países participantes, Vinicius ficou na 11ª posição e Ivna em 29º lugar.
“A Olimpíada tem sido uma ferramenta eficiente para cativar o interesse científico de jovens brasileiros”, afirmou o reitor da Universidade Federal do Piauí, José de Arimatéia Lopes, que acompanhou os estudantes, juntamente com o professor doutor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Fabiano Gomes.
“Com esse resultado, nos aproximamos dos asiáticos, que tradicionalmente são destaque em Olimpíadas de Ciências”, complementou o professor Sergio Melo, coordenador do Programa Nacional Olimpíadas de Química.
O programa é organizado pela Associação Brasileira de Química (ABQ). A etapa de São Paulo da competição acadêmica tem o CRQ-IV e o Mackenzie entre seus patrocinadores.
ALUNO DE OURO – Com 20 medalhas em olimpíadas nacionais e internacionais, sendo 16 de ouro, Vinícius Figueira Armelim, de 17 anos, é um estudante diferenciado. Aluno do Colégio Etapa, Armelim atualmente cursa o terceiro ano do Ensino Médio. Até o momento, ele participou de 19 olimpíadas de ciências e química. Em uma delas, a Olimpíada Internacional Júnior de Ciências (IJSO) de 2016, foi ouro na prova teórica e também na experimental. Sua participação na OIQ deste ano foi possível depois de vencer a etapa paulista da competição nacional, cuja premiação ocorreu durante a cerimônia organizada pelo CRQ-IV para comemorar o Dia do Profissional da Química.
“A gente foi com a mentalidade de pegar um ouro pro Brasil. A nossa ideia era colocar um aluno pra pegar um dos últimos ouros. Foi inesperado”, disse o estudante de Valinhos em entrevista ao Portal G1.
Moradora do bairro Benfica, da capital cearense, Ivna contou ao O Povo Online que foi incrível participar da olimpíada e conquistar a medalha de ouro. “É a concretização de um sonho que eu nem ousava sonhar há algum tempo, e a recompensa por quase quatro anos de muito estudo pra essas competições”. A conquista da medalha, complementou, também foi importante para que todas as meninas que se interessam pela ciência se sintam representadas e encorajadas a sonhar alto. Ivna participou em 2017 da OIQ e foi medalhista de prata. Também no ano passado, foi ouro na Olímpiada Iberoamericana de Química.