Conselho sediou painel sobre inovação em alimentos
Representantes de indústrias, universidades, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e do Ministério da Agricultura reuniram-se na sede do CRQ-IV para participar do 1º Painel de Inovação e Qualidade da Indústria de Alimentos, em 10 de julho. O evento foi promovido pela Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia dos Alimentos (SBCTA) e recebeu um público estimado em 100 pessoas.
Segundo a presidente da SBCTA, a professora Gláucia Pastore, da Universidade de Campinas (Unicamp), os leites, os pães e os cereais matinais são os produtos que mais têm apresentado novidades. Parte desses lançamentos resultou de uma maior integração entre universidade e indústria, movimento que vem ganhando força. Segundo Pastore, um dos fatores que dificultavam essa parceria era a falta de regulamentação. Com a instalação dos escritórios de patentes nas universidades, o problema começou a ser resolvido. “Nem a empresa nem o pesquisador se sentem muito confortáveis quando não há regras claras”, dificuldade que os escritórios
ajudam a superar, explicou.
Um das intenções do encontro foi justamente estimular a aproximação de centros de pesquisa e indústria interessados em investir no desenvolvimento de produtos inovadores como os alimentos funcionais, que na opinião de Pastore são “a maior invenção do século”. A especialista lembra que, até recentemente, acreditava-se que o alimento servia apenas para nutrir, mas agora sabe-se que ele também pode ser usado para preservar a saúde. Aliás, está é mais uma mostra de que o alimento industrializado não é sinônimo de baixa qualidade, observou. “O problema não é ser industrializado ou natural; é ter qualidade”, comparou.
Conhecimento -A presidente da SBCTA disse que o Profissional da Química tem papel fundamental no desenvolvimento de novos produtos, seja na parte de formulação como nas análises. “Ele conhece as propriedades químicas dos alimentos”, afirmou. Outro segmento em que a participação do químico é fundamental e precisa ser ampliada é o de embalagens que, na visão de Gláucia Pastore, podem ser tornar inteligentes e, por exemplo, conter indicações como tempo e temperatura de estocagem.
O CRQ-IV foi representado na abertura do evento por seu gerente de fiscalização, Wagner Contrera Lopes. Ele informou que, no Estado de São Paulo, o setor de alimentos é um dos que mais emprega profissionais da química. Fica atrás apenas da indústria química e, em algumas regiões do estado, até a supera.