Com o objetivo de prevenir a ocorrência de acidentes que causem danos ao meio ambiente e à saúde da população, a Secretaria do Estado dos Transportes instalou a Subcomissão da Região Metropolitana de São Paulo da Comissão Estadual de Estudos e Prevenção de Acidentes no Transporte de Produtos Perigosos. A primeira reunião do grupo aconteceu dia 28 de fevereiro, na sede do CRQ-IV. A idéia é que seus membros trabalhem para identificar as causas dos acidentes e falhas nos atendimentos feitos por órgãos públicos e empresas em tais situações.
Segundo o Comando de Policiamento Rodoviário da Polícia Militar do Estado de São Paulo, em 2007 foram registrados 327 acidentes envolvendo produtos perigosos. A maior parte deles, cerca de 25%, envolveu cargas de etanol e soluções do produto. Na seqüência, aparecem as cargas de gasóleo e combustíveis para motores (inclusive gasolina).
Em artigo publicado na edição novembro/dezembro de 2006 do
Informativo CRQ-IV, a Engenheira Química Glória Benazzi, especialista em transporte de produtos perigosos, apontou que as principais causas de acidentes são: falta de treinamento de motoristas, má conservação de estradas e ferrovias, falta de vistoria da unidade de transporte, problemas de amarração da carga e qualidade das embalagens, falta de profissionalismo e de fisca-lização. O texto, que mostra quais são os principais instrumentos legais que regulamentam o transporte de produtos perigosos, está no site do CRQ-IV.
Cerca de 20 pessoas participaram da reunião de instalação da subcomissão, representando órgãos de governo, entre eles as secretarias de transporte municipais, a Companhia de Engenharia de Tráfego, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental , o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. Entre os participantes também estavam membros de entidades como a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivado (Abiclor), a Associação Brasileira de Transporte e Logística de Produtos Perigosos (ABTLP) e a Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos (Associquim). O presidente do CRQ-IV, Manlio de Augustinis, participou da abertura dos trabalhos. A entidade também esteve representada pelo Engenheiro Químico Wagner Contrera Lopes, gerente de Fiscalização.
A subcomissão foi a oitava a ser instalada pela Comissão Estadual. As regiões da Baixada Santista, do Alto Tietê (Mogi das Cruzes) e do Vale do Paraíba já têm grupos trabalhando, assim como as cidades do entorno de Registro, Sorocaba, Paulínia e São José do Rio Preto.
O CRQ-IV tem participado das reuniões do grupo estadual e passará a acompanhar também os trabalhos da região metropolitana.