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Mai/Jun 2007 

 


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História - Augustinis, atual presidente, tem longa história na entidade


No cargo desde 2004, o Engenheiro Industrial – Modalidade Química Manlio Deodócio de Augustinis é o atual presidente do CRQ-IV. Homem de confiança de seu antecessor, o Químico Industrial Olavo de Queiroz Guimarães Filho, sua trajetória na entidade remonta a 1966, quando foi indicado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie para representá-la na entidade. Eleito conselheiro em 1986, Augustinis passou a participar mais efetivamente do dia-a-dia do Conselho em 1994, quando foi convidado por Guimarães Filho a assumir a diretoria executiva. Nos mais de dez anos em que está na linha de frente da administração, o atual presidente tem trabalhado para aproximar cada vez mais o Conselho de outras entidades de classe profissional e empresarial, inseri-lo num processo de modernização e criar programas e serviços que beneficiam diretamente o profissional.

Nascido em São Paulo, em 1935, fez na capital paulista seus estudos primário e secundário. Iniciou a graduação em engenharia na Universidade de Nápoles, Itália – país de origem de seu pai. Depois de 4,5 anos estudando na Europa, por razões pessoais precisou voltar e concluir seu curso na Universidade Mackenzie, em 1964. Escolheu a modalidade química porque a família tinha uma indústria cerâmica, tendo investido mais tarde também na fabricação de cal.

Confira a entrevista que o presidente concedeu ao Informativo.

Inicialmente, pedimos que o senhor faça um breve relato de seu histórico profissional.

Augustinis - Eu me formei em 1964, no Mackenzie. Dois anos depois, fui convidado e aceitei trabalhar como professor assistente na cadeira de Química Industrial daquela universidade, assumindo a titularidade em 1968. Saí do Mackenzie no final de 1969 e no ano seguinte fui para a Oswaldo Cruz, onde fiquei até 1997, como professor das cadeiras de Química Industrial e Balanço Material e Energético para os cursos de Engenharia Química e Química Industrial.

Paralelamente ao trabalho como professor, atuei nos segmentos cerâmico, até 1964, cal, até 1968, e químico, até 1991, onde construí a maior parte da carreira na indústria. Falo, aqui, da minha passagem pela Vulcan Materiais Plásticos, onde ingressei em 1972 como assistente técnico da gerência da fábrica. Fui promovido a gerente em 1982 e, em 1987, nomeado diretor industrial da sucessora da Vulcan Divisão Química, denominada Oxypar, onde permaneci até 1991. De 1992 até 1994 tive uma firma que representava na América do Sul a Alusuisse Italia/Lonza, vendendo catalisadores e desenvolvendo projetos para indústrias químicas.

Como foi sua trajetória no CRQ-IV?

Augustinis - Iniciei minha atuação em 1966, quando fui indicado para representar o Mackenzie. Permaneci até 1969, quando saí da instituição. Em 1972, fui chamado para a primeira tentativa de organizar a fiscalização do Conselho. Fiquei apenas um mês, mas produzi no período o primeiro manual de treinamento de fiscais. Voltei ao Conselho somente em 1986, eleito conselheiro titular representante dos Engenheiros Químicos. Com a morte do então diretor executivo, o Técnico Químico Miguel Romeu Cuoculo, em 1994, fui convidado para assumir o cargo pelo então presidente do Conselho, o Químico Industrial Olavo de Queiroz Guimarães Filho.

E a chegada à presidência?

Augustinis - Fui eleito com a morte do Drº Olavo para completar o mandato dele, que duraria ainda um ano e meio. Depois, fui eleito para o mandato que estou cumprindo atualmente.

Na sua gestão, primeiro como diretor-executivo e depois como presidente, o que o CRQ-IV fez para apoiar os profissionais?

Augustinis - Com a abertura de mercados, no início dos anos 1990, não só as indústrias sofreram, mas também os profissionais da química, que começaram a ficar desempregados. O Conselho, que até então atuava apenas como órgão de fiscalização, passou a desenvolver atividades paralelas no sentido de amenizar um pouco o problema. Pudemos desenvolver um trabalho muito importante no que se refere ao relacionamento com entidades da classe, tanto empresariais quanto profissionais. Começamos a participar do Conselhão [entidade que reúne os conselhos de fiscalização profissional] e a acompanhar projetos de lei de interesse do Sistema CFQ/CRQs no Congresso Nacional, nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras Municipais.

Passamos a apoiar diretamente eventos organizados por entidades da área, participar de feiras, criamos comissões técnicas, incentivamos convênios empresa-escola para regularização de profissionais que não tinham formação na área química, organizamos o Informativo CRQ-IV, modernizamos nosso site e criamos uma Bolsa de Empregos. Em 1988, implantamos um programa de palestras técnicas gratuitas as quais, no ano passado, foram convertidas para minicursos com oito horas de duração. Esses treinamentos, antes restritos à capital paulista, começaram a ser oferecidos gratuitamente no Interior paulista e no Mato Grosso do Sul. Para dar esse passo que muito tem contribuído para prover novos conhecimentos e atualização técnica aos profissionais, temos contado com o patrocínio da Caixa Econômica Federal.

As palestras e os minicursos despertam forte interesse dos profissionais sempre que novas programações são anunciadas. Existe o compromisso de esses eventos continuarem?

Augustinis - Nossa intenção é continuar com esse programa que, conforme demonstram as pesquisas, são muito bem aceitos pelos profissionais. Temos, contudo, uma dificuldade para mantê-los, pois a legislação nos impede de destinar os recursos da arrecadação para esta finalidade. Daí o motivo de, nos últimos dois anos, termos buscado patrocínio para realizá-los. Pretendemos, portanto, continuar correndo atrás de ajuda financeira para manter este programa, que até agora se mostrou vitorioso.

Em 2005, foram abertos postos de atendimento em Campinas e Araraquara. Neste ano devem ser inauguradas unidades em Araçatuba e Ribeirão Preto. Existe a previsão de abertura de mais postos?

Augustinis - Sim, existe a intenção de abrir mais postos e estamos vendo as regiões com maior adensamento de profissionais e empresas. Manter representações do Conselho fora da capital paulista é importante porque facilita o contato dos profissionais e das empresas com a entidade.

O senhor anunciou este ano apoio ao projeto de Lei 1.412, que institui eleições diretas no Sistema CFQ/CRQs. O que motivou essa decisão?

Augustinis - Achamos que dentro de um processo democrático, o mais justo é os profissionais poderem eleger seus representantes nos conselhos. O Sistema CFQ/CRQs é uma triste exceção à regra, pois é o único que não permite que os profissionais elejam diretamente seus representantes de classe. Isso contraria os ideais e o princípio democrático que há muito foi implantado no Brasil e na maior parte do mundo.

O que os profissionais que apóiam as eleições diretas devem fazer para ajudar a aprovar o projeto?

Augustinis - O passo inicial é ingressar no grupo de discussões que a liderança do movimento mantém na internet, pois esta é uma maneira de se inteirarem do que vem sendo feito a respeito do assunto [clique aqui para acessar o grupo]. É importante que esse grupo cresça cada vez mais, pois essa será uma forma de demonstrarmos aos deputados e senadores que a Classe Química deseja tornar suas entidades mais democráticas e eficientes. Paralelamente, é muito importante também que cada profissional envie carta ou e-mail aos parlamentares que ajudou a eleger e peça a eles que votem favoravelmente ao Projeto de Lei nº 1.412/96, que institui as eleições diretas no Sistema CFQ/CRQs.

O senhor tem intenção de se candidatar à presidência do CFQ?

Augustinis - Não. É minha intenção, sim, me candidatar a mais um mandato aqui no CRQ-IV. Se reeleito, cumprirei apenas os dois mandatos consecutivos, como permite o PL 1.412, pois é importante que tenhamos sempre renovações.




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