Os primeiros conselheiros do CRQ-IV foram eleitos por representantes de escolas e de associações ligadas à área química, como previa a Lei 2.800. Eles se reuniram para instalar a entidade e eleger seu presidente em 1º de agosto de 1957, no anfiteatro do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), localizado, naquela época, na Praça Coronel Fernando Prestes, em São Paulo. A reunião foi presidida pelo Engenheiro Químico Walter Borzani, nomeado delegado pelo Conselho Federal de Química para instalar o regional.
Logo após serem empossados, a tarefa dos conselheiros foi eleger o primeiro presidente da entidade. O escolhido foi o Engenheiro Químico Julio Rabin, que na época tinha bom trânsito nos meios químico e governamental, além ser sócio-fundador da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Demonstrando desde logo grande empenho em criar as condições mínimas de infra-estrutura, Rabin cedeu espaço no escritório que ocupava para que o CRQ-IV começasse a funcionar. O escritório ficava no prédio do então Banco do Estado de São Paulo, na rua João Brícola, centro da capital paulista.
A seguir, Rabin nomeou uma comissão para elaborar o regimento interno do CRQ-IV. O Bacharel em Química Alfredo Levy, o Químico Industrial João Pucci e o Engenheiro Químico Paulo Mathias foram os responsáveis pela elaboração do documento, que norteou as atividades do Conselho até 1994, quando foi reformulado.
Ainda em seus primeiros dias como presidente, Rabin entrou em contato com a Delegacia Regional do Trabalho de São Paulo e solicitou a cessão de uma funcionária para realizar serviços de secretaria no CRQ-IV. Foi designada para a função Yolanda Silva Dias, auxiliar administrativo, já falecida. Yolanda permaneceu no CRQ-IV até 1982, tendo por muitos anos gerenciado a área administrativa da entidade.
O serviço de registro teve inicio em outubro de 1957. As primeiras carteiras profissionais foram emitidas a partir de um lote de 600 cédulas entregues pessoalmente pelo presidente do CFQ, Geraldo de Oliveira Castro, a Júlio Rabin. A divulgação de que o CRQ-IV já estava iniciando o serviço de registro de profissionais foi feita, principalmente, por meio de ofícios encaminhados a entidades de classe. Na primeira semana de atendimento ao público, foram abertos 25 processos de registro e distribuídos mais de 200 formulários.
Ao contrário do que normalmente ocorre em órgãos semelhantes, o primeiro profissional registrado no CRQ-IV não integrava do corpo de conselheiros. A carteira número 1 foi conferida ao Técnico Químico Oswaldo Coca Parada. Formado pela já extinta Escola Técnica Eduardo Prado, Parada fez carreira na indústria de vidros. Trabalhou vários anos na Santa Marina e aposentou-se na Nadir Figueiredo, onde ocupou cargo de direção. Aos 77 anos, reside atualmente na cidade de São Vicente, no litoral paulista.