Em março de 1958, o presidente Julio Rabin anuncia aos conselheiros o início o serviço de fiscalização do Conselho, com a contratação de dois ficais. A partir daquele ano e até 1992, as vistorias eram feitas por estudantes de química, contratados como estagiários. Devido, contudo, à natural falta de experiência daqueles fiscais, em muitos casos os próprios conselheiros se encarregavam de vistoriar as empresas, lembra Alfredo Levy, ex-conselheiro e primeiro secretário do CRQ-IV. "Eu mesmo fui numa indústria de essências que alegava não ter atividades químicas", recorda-se.
Levy conta que, desde o inicio, a fiscalização procurava mais orientar do que punir as empresas. "O Conselho tentava convencê-las de que era necessária a contratação de profissionais da química", explica Levy. Contudo, quando esse esforço não surtia resultados, fazia-se cumprir a lei. As primeiras autuações de empresas ocorreram em abril de 1958. Segundo Levy, o trabalho dos conselheiros visava a fazer com que as indústrias tivessem profissionais habilitados controlando os processos químicos.
Essa postura orientativa é mantida até hoje. Em determinados casos, o CRQ-IV fixa prazos para que os trabalhadores concluam seus estudos, o que evita autuações.
Desde 1992, a fiscalização é feita exclusivamente por profissionais da química. Atualmente a equipe é formada por 21 agentes, sendo dez deles atuando na Capital e Grande São Paulo, dez no interior paulista e um no estado do Mato Grosso Sul.