Busca
Faça uma busca por todo
o conteúdo do site:
   
Acesso à informação
Bolsa de Empregos
Concursos Públicos (CRQ-IV)
Consulta de Registros
Dia do Profissional da Química
Downloads
E-Prevenção
Espaços para Eventos
Informativos
Jurisprudência
Legislação
LGPD
Linha do Tempo
Links
Noticiário
PDQ
Prêmios
Prestação de Contas
Publicações
QuímicaViva
Selo de Qualidade
Simplifique
Sorteios
Termos de privacidade
Transparência Pública
 

Mar/Abr 2021 

 


Matéria Anterior   Próxima Matéria

Covid-19 - Vídeo propõe inalação com água sanitária para tratar a doença



Nota assinada pelo Sistema CFQ/CRQs e Abipla alerta sobre riscos da medida

 

 

Daniel Roberts/ Pixabay

 

Em nota publicada no dia 25 de março, o Sistema CFQ/CRQs e a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (Abipla) manifestaram profunda preocupação com o volume de desinformação sobre métodos que estariam sendo usados para tratar preventivamente ou mesmo pessoas já acometidas por Covid-19.

A nota foi motivada por um vídeo em que um homem sugere o uso de uma solução envolvendo água sanitária e bicarbonato de sódio para nebulização de infectados com o vírus Sars-Cov-2, responsável pela Covid-19.

O tratamento precoce para essa doença é um assunto polêmico e que divide opiniões até entre os próprios médicos. Distanciamento social, higiene pessoal e vacinação em massa são as principais iniciativas respaldadas pela Ciência e, por enquanto, as que devem ser consideradas para o controle da pandemia, adverte a nota oficial.

O documento prossegue dizendo que “a solução proposta no vídeo expõe a riscos sérios aqueles que a aplicam: esses produtos foram desenvolvidos para utilização sobre superfícies inanimadas, jamais para aspersão sobre a pele e menos ainda para inserção nas vias respiratórias. A inalação proposta é possível através da aquisição de produtos simples e acessíveis a maior parte da população, o que aumenta a possibilidade de sua utilização em massa e potencializa seus riscos”.

“Substâncias químicas possuem aplicabilidades diversas no cotidiano das pessoas, e muitas delas são indispensáveis direta ou indiretamente para a nossa própria saúde: basta lembrar dos medicamentos ou dos produtos de limpeza que, entre outras funcionalidades, eliminam bactérias e vírus de ambientes comuns”.

“É preciso ter em mente, entretanto, que para que essas substâncias promovam os benefícios que delas se espera são necessários diversos testes e ensaios. Esse período de testagem se dá em condições controladas de uso, tudo para que sejam garantidas à população a eficácia e a segurança na utilização”.

No Brasil, segue a nota assinada pelas entidades, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emite frequentes alertas relativos aos riscos assumidos pela população sempre que condições e destinações de uso são alteradas deliberadamente por cidadãos comuns – ou até mesmo por profissionais que atuam sem qualquer suporte técnico ou sanitário oficial, condição que somente a Anvisa poderia assumir.

“Destacamos que a essa alteração de destinação de uso de produtos químicos a Anvisa chama ‘Desvio de Finalidade’, sendo previstas pela lei advertências e penalidades aos autores desta infração”, alerta o documento.

“Compreendemos que, neste momento de pandemia, grupos acabam tentados a experimentações sem qualquer tipo de controle ou registro técnico de resultados. Em consequência, é previsível que se promova a divulgação de tais experimentos. A nós, como profissionais da Química e representantes da indústria do setor de higiene e limpeza, cabe o alerta de que as consequências dessas iniciativas são invariavelmente danosas à saúde. Quaisquer substâncias são completamente seguras apenas quando obedecidas as instruções dos fabricantes que foram previamente analisadas e aprovadas pela Anvisa”.

No caso específico da água sanitária trata-se de saneante regulado pela Anvisa de aplicação exclusiva para higienização de superfícies inanimadas e hortifrutícolas, em solução diluída. A Abipla reforça ainda os termos da NOTA TÉCNICA Nº 47/2020/ que diz que é aconselhável o uso de luvas, máscara e óculos para manuseio seguro destes produtos, pois possui grau de corrosividade à pele, olhos e mucosas.

REPERCUSSÃO – A nota foi citada em matéria veiculada na seção Fato ou Fake, do portal G1, que desmente a veracidade das informações contidas no vídeo. O alerta sobre os riscos da inalação das substâncias também foi reforçado pelo superintendente do CRQ-IV e Conselheiro do CFQ, Wagner Contrera Lopes, em matéria publicada no site da revista Piauí, na seção Lupa.

Clique aqui para acessar a íntegra da nota assinada pelo Sistema CFQ/CRQs e Abipla.







Relação de Matérias                                                                 Edições Anteriores

 

Compartilhe:

Copyright CRQ4 - Conselho Regional de Química 4ª Região