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Sistema CFQ/CRQs e Abipla alertam sobre o risco de receitas caseiras


Entidades lançam campanha para orientar o consumo correto de saneantes

 

Reprodução/Facebook

  Lima alertou sobre uso de produtos clandestinos

O Sistema CFQ/CRQs e a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (Abipla) lançaram uma campanha de conscientização contra o uso de receitas caseiras de produtos de limpeza.

No dia 25 de março, o Químico Industrial Ubiracir Fernandes Lima, conselheiro federal eleito e integrante da Comissão Técnica de Saneantes do CRQ-IV, concedeu entrevista à rádio Mais Brasil News, de Brasília. Questionado pelo jornalista Luiz Carlos Braga sobre os riscos que o consumidor corre ao tentar produzir um saneante seguindo receitas encontradas na Internet, Lima foi enfático ao afirmar que se trata de um risco bastante elevado.

Segundo explicou, todas as substâncias químicas podem ser manipuladas, mas desde que sob a orientação de um Profissional da Química, pois só ele pode indicar a forma mais segura e eficaz para esse procedimento. Como todos os produtos químicos, os de limpeza passam anos sendo estudados para que não levem risco aos usuários. “Então, em casa, se você misturar substâncias, algumas delas vindo de fontes desconhecidas, o risco de ter uma reação inesperada ou a formação de subprodutos que venham a ser nocivos ao organismo é muito elevado”, advertiu.

Lima também alertou para os riscos embutidos nos produtos de limpeza que são fabricados clandestinamente e vendidos em pequenos comércios e mesmo em veículos que circulam principalmente pelas periferias das cidades. Os produtos de limpeza seguros são apenas aqueles fabricados sob a supervisão de um Químico e que possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ressaltou.

Conscientização – A campanha pela conscientização dos usuários de produtos saneantes foi lançada em fevereiro. Na oportunidade, o diretor-executivo da Abipla, Paulo Engler, reforçou o alerta sobre a prerrogativa de a Anvisa ser a única entidade pública com poderes para regulamentar a produção de saneantes. Esses produtos devem conter em sua embalagem, entre outras, informações sobre modo de uso, explicou.

Há, também, a questão ambiental. Os produtos de limpeza, regulamentados, são formulados de modo a garantir a máxima eficácia ao fim a que se propõem, garantindo sua biodegradabilidade no descarte. A depender da mistura realizada, essa característica pode ser comprometida, fazendo com que os produtos descartados no meio ambiente demorem mais tempo para se degradar. “Os produtos de limpeza devem ser usados apenas conforme orientação do fabricante, disponível no rótulo”, finalizou Paulo Engler.

A combinação inadequada de produtos químicos pode, ainda, causar danos às superfícies ou ambientes em que são aplicados. O surgimento de manchas, riscos ou desgastes em películas de proteção são algumas das possíveis consequências. “Aparelhos eletrônicos podem sofrer oxidação e materiais diversos podem acabar perdendo cor ou suas texturas originais, muitas vezes inutilizando os objetos”, complementou o Engenheiro Químico Wagner Contrera Lopes, superintendente do CRQ-IV e conselheiro federal.

Para ajudar os consumidores, a Abipla mantém desde o ano passado em site uma publicação chamada Guia de Produtos de Limpeza. Clique aqui para baixar o arquivo gratuitamente.

Outra fonte segura de consulta sobre um dos saneantes mais conhecidos é a cartilha Perguntas e Respostas - Água Sanitária. Publicada pelo CFQ durante o auge da pandemia de Covid-19 e disponível no site da entidade, a cartilha informa que o produto deve ser sempre diluído antes do uso e explica a forma segura e eficaz de como fazer essa manipulação.

 

 

 

 

 

 

 





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