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Óleos essenciais: live mostrou processos de obtenção e compatibilidades


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A Química dos Óleos Essenciais - Processos e Compatibilidades foi tema da live que a Comissão Técnica de Cosméticos do CRQ-IV (CTCOS) transmitiu dia 17 de março pelo YouTube. O encontro contou com palestras da Engenheira Química Elnice Oetterer, que também é coordenadora da CTCOS, e da Tecnóloga em Processos Químicos Aline Marcolino, especialista em controle de qualidade em indústrias do setor.

Os óleos essenciais são extraídos de plantas aromáticas que contêm diferentes estruturas moleculares, explicou Enilce Oetterer. Eles são compostos orgânicos voláteis e que trabalham a favor da imunologia, com funções de proteger as plantas contra pragas, insetos, bactérias, fungos e infecções, oxigenando e nutrindo as células.

São denominados “essenciais” porque são vitais para a sobrevivência das plantas. Folhas, flores, cascas de frutas, madeiras, raízes e resinas são as fontes de obtenção.

Para a adequação do uso dos óleos e extratos vegetais devem ser levados em conta aspectos como, por exemplo, a região de cultivo da planta, clima, colheita, métodos de extração, princípios ativos e eficácia terapêutica.

Enilce Oetterer apresentou ainda alguns tipos de óleos essenciais, entre eles, os obtidos a partir do alecrim, que possui ação adstringente e é indicado para o tratamento de acne e caspa; e o extraído do limão siciliano, usado em produtos para combater a celulite e gordura localizada. Tais benefícios são reconhecidos no meio dermatológico, observou a palestrante.

Há séculos, salientou, os óleos essenciais são usados em todo o mundo para aplicações farmacêuticas, cosméticas e terapêuticas, como na aromaterapia. Os fabricantes de produtos de óleos essenciais estão buscando mais tecnologias, inovações e pesquisas para detectar novas propriedades nos princípios ativos, disse a engenheira.

Falsificações – Em sua apresentação, Aline Marcolino chamou a atenção para que o profissional que atua no controle de qualidade de matérias-primas fique atento a fraudes. Segundo ela, o aumento expressivo da demanda por óleos essenciais nos mercados de cosméticos, saneantes e outros tem levado ao surgimento de problemas, como falsificações, diluições e adulterações de produtos.

Por conta desse cenário, uma das preocupações do controle de qualidade é com a confirmação da identidade do óleo essencial, salientou. Para isso, são necessárias análises iniciais dos laudos apresentados pelo fornecedor com o nome científico, origem da região, método de extração e informações sobre as análises químicas.

São realizadas ainda análises organolépticas que vão estudar variações de cores nos lotes das essências. “Se no laudo consta que o óleo é da cor amarela e ele chegou para você de forma incolor, o que aconteceu com ele?”, exemplificou a profissional.

Nas análises físicas são consideradas a densidade, o índice de refração, o comportamento da temperatura, a volatilidade e a miscibilidade. Por exemplo, o óleo essencial de cedro, se ele foi armazenado durante muito tempo sob altas temperaturas, ele pode sofrer cristalização.

Ao encerrar, a tecnóloga aconselhou os interessados por este tema a buscar referências em documentos científicos disponíveis na Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Essenciais, Produtos Químicos Aromáticos, Fragrâncias, Aroma e Afins (Abifra), na Farmacopeia brasileira e em órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Clique aqui para assistir a live.

 

 





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