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Set/Out 2022 

 


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Dispositivo criado na USP detecta cocaína no ato da apreensão da droga


Com um custo baixo, aparelho pode ser usado por pessoal sem formação específica

Jornal da USP

O sensor eletroquímico é capaz de detectar compostos em uma amostra através de um sinal eletrônico, e pode ser quantificado

Novo dispositivo portátil utiliza um sensor eletroquímico para detecção do cloridrato de cocaína, a droga em pó, pela Polícia no local da apreensão. Esse sensor é capaz de detectar compostos químicos em uma amostra através de um sinal eletrônico, e pode ser quantificado. O sistema possui alta sensibilidade e seletividade, sendo uma alternativa mais econômica quando comparado com a Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC), método utilizado hoje.

A criação do novo dispositivo foi realizada pelo Químico Alex Soares Castro, em sua tese de doutorado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, sob orientação do professor Marcelo Firmino de Oliveira. Especialista em Química Forense, Oliveira também é um entusiasta do empreendedorismo, tendo lançado recentemente um livro sobre o tema. Clique aqui para mais detalhes.

O novo método foi pensado unindo a voltametria, técnica eletroquímica capaz de obter informações qualitativas e quantitativas, e a quimiometria.

Segundo Castro, para aumentar a quantidade, “fazer volume” e atrapalhar a detecção pela Polícia, alguns interferentes são misturados à droga, como a teobromina, a lidocaína e a cafeína. Para garantir a precisão da análise com os sensores voltamétricos, foram utilizados programas computacionais para agrupar resultados de diferentes moléculas e realizar um modelo quimiométrico – padrão de medida – que possibilita prever com confiança a molécula de cocaína.

Patente – O autor do trabalho diz que o pedido de patente já consta no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). “O pedido de patente foi feito em cima da arquitetura do sensor desenvolvido, porque assim é possível aplicar, com os devidos ajustes, esse sensor não apenas na área forense, mas também em outras áreas como a alimentícia, a farmacêutica e afins”, comenta Castro.

A tecnologia empregada no sensor já está sendo usada em outros detectores forenses, como, por exemplo, na linha de pesquisa para análise de resíduos de arma de fogo, pelo Grupo de Eletroquímica, Eletroanalítica e Química Forense (GEEQFor),
coordenado pelo professor Marcelo Firmino de Oliveira.

Clique aqui para mais detalhes.

 

Com informações do Jornal da USP
 





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