Busca
Faça uma busca por todo
o conteúdo do site:
   
Acesso à informação
Bolsa de Empregos
Concursos Públicos (CRQ-IV)
Consulta de Registros
Dia do Profissional da Química
Downloads
E-Prevenção
Espaços para Eventos
Informativos
Jurisprudência
Legislação
LGPD
Linha do Tempo
Links
Noticiário
PDQ
Prêmios
Prestação de Contas
Publicações
QuímicaViva
Selo de Qualidade
Simplifique
Sorteios
Termos de privacidade
Transparência Pública
 

Nov/Dez 2022 

 


Matéria Anterior   Próxima Matéria

Enaiq - Encontro mostra resultados e expectativas do setor químico


Faturamento cresceu, mas avanço recorde nas importações segue preocupando

 

 

Abiquim

  Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim, fez a abertura do evento

O 27º Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq), promovido pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), foi realizado no dia 12/12, em São Paulo. Participaram dos debates CEOs das principais empresas da área, economistas e políticos. De modo virtual, o senador Jean Paul Prates (PT/RN) representou o gabinete de transição do futuro governo federal. Hans Viertler, presidente do CRQ de São Paulo, os presidentes Rafael Almada (RJ), Raquel Lima (PB), Wagner Pederzoli (MG) e outros dirigentes do Sistema CFQ/CRQs também foram convidados para o Enaiq, que teve sua primeira edição presencial em dois anos por conta da pandemia de Covid-19.
 

 CFQ

 

Hans Viertler, Raquel Lima e Rafael Almada estavam entre os representantes do Sistema CFQ/CRQs  

André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim, abriu o encontro dizendo que em função do planejamento estratégico realizado em 2022, a Abiquim revisou seu propósito de existência, “que passa a ser: fomentar a competitividade, investimento e crescimento da indústria química no Brasil, com ênfase em ESG,matriz energética, cadeia de suprimentos e inovação”. Ele explicou que o novo modelo de trabalho adotado pela associação privilegia temas como a sustentabilidade, a economia circular, o melhor uso dos recursos naturais e a melhoria da imagem da Química na sociedade.

Sobre o ambiente econômico atual, Cordeiro destacou que foram realizadas ações em várias frentes para assegurar o desenvolvimento da indústria, que deverá fechar 2022 com um faturamento na ordem de US$ 187 bilhões, o que representará um aumento superior a 30% em relação ao ano anterior. Contudo, em decorrência do crescimento continuado das importações, o déficit comercial será recorde,
em torno de US$ 64,8 bilhões.

Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional (Abipla) e do recém-criado Instituto de Desenvolvimento da Química (IDQ), Juliana Marra alertou que é fundamental trabalhar para ampliar a infraestrutura e logística do setor químico, e defendeu uma reforma que implemente o Imposto do Valor Agregado (IVA) como meio de reduzir a carga tributária das empresas, tornando-as mais competitivas no comércio exterior. A executiva reservou alguns minutos de sua fala para destacar a parceria entre a Abipla e o Sistema CFQ/CRQs. As entidades vêm combatendo o mercado clandestino e alertando sobre o uso incorreto dos produtos de limpeza.

 Divulgação

 

Motta acredita num grande debate sobre reforma tributária  

O presidente da Frente Parlamentar da Química, deputado Afonso Mota (PDT/ RS), falou sobre o Regime Especial da Indústria Química (Reiq), reduzido durante o atual governo. “Não conseguimos convencer o governo a fazer um debate adequado sobre competitividade, o governo resolveu fazer a discussão do tempo de duração do benefício. Não conseguimos convencê-lo de que a questão central não era criar um benefício para as empresas, mas a possibilidade de contribuirmos decisivamente para o desenvolvimento, o crescimento do País”, disse. Segundo o deputado, a partir de março o Brasil começará um grande debate sobre a reforma tributária, que poderá incluir até mesmo a volta do Reiq.

 

Meirelles – A palestra magna foi proferida por Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central, que falou sobre o cenário macroeconômico do Brasil. A previsão, para ele, é de que em 2023 haverá queda nos investimentos. Disse que o futuro governo aprovou duas Propostas de Emendas Constitucionais que valerão para 2023 e 2024 prevendo gastos extras que somam 168 bilhões de reais. Ele afirmou que com inflação elevada e com essa previsão de mais gastos, pode-se esperar um aumento da taxa de juros.

 

CRQ-IV/SP

  Meirelles prevê queda nos investimentos, crise fiscal e aumento da inflação em 2023


Meirelles previu ainda uma crise fiscal e disse que a solução seria o corte de despesas públicas. Ele defendeu uma reforma administrativa e falou que o cenário econômico também está complicado em outros países, como Estados Unidos, Inglaterra e até mesmo China. O ex-ministro propôs uma reforma para eliminar o que chamou de “pesadelo tributário” em que vive a indústria brasileira.


Números – Durante o evento foi anunciada a disponibilização do livreto O Desempenho da Indústria Química Brasileira - 2022. Além de indicar que o setor deve fechar o ano com um faturamento bruto de US$ 187 bilhões, a maior parte – US$ 88,3 bi – oriunda das indústrias de produtos químicos de uso industrial, a publicação também informa que, na comparação com 2021, o faturamento líquido em dólares aumentou 27,3%; e em reais, 24%.

Ainda de acordo com o livreto, a participação da indústria química no PIB nacional saltou de 2,5%, em 2021, para 3,1% neste ano. O setor permaneceu no 3ª lugar do ranking de participação da indústria nacional de transformação, posição que ocupa desde 2014. No ranking mundial, manteve-se em 6º, lugar que alcançou durante os governos Temer e Bolsonaro. Durante as gestões de Dilma Rousseff (PT), o setor estava na 8ª posição.

O evento pode ser assistido a partir do canal da Abiquim no YouTube. O livreto com os dados econômicos, bem como outra publicação – Missões para a Indústria Química Brasileira – que trata da visão do setor sobre a questão ambiental podem ser baixados do endereço www.enaiq.org.br.

 

ATUALIZAÇÃO

Conforme divulgado na seção "Noticiário" deste site em 16/12, o Congresso Nacional derrubou o veto 32, que revogava a manutenção do Regime Especial da Indústria Química (Reiq) até 2027. O regime especial já constava na lei sancionada pelo resultado da aprovação de projeto de conversão da Medida Provisória 1.095/202, lembrando que ambos foram aprovados tanto na Câmara quanto no Senado em acordos coletivos com as lideranças partidárias, ou seja, o veto contrariava o amplo debate realizado em ambas as Casas.

Agora, a regulamentação do REIQ depende do Poder Executivo, para passar a valer em 1º de janeiro de 2023.

 

Clique aqui para mais detalhes.

 

 

 




 





Relação de Matérias                                                                 Edições Anteriores

 

Compartilhe:

Copyright CRQ4 - Conselho Regional de Química 4ª Região