Busca
Faça uma busca por todo
o conteúdo do site:
   
Acesso à informação
Bolsa de Empregos
Concursos Públicos (CRQ-IV)
Consulta de Registros
Dia do Profissional da Química
Downloads
E-Prevenção
Espaços para Eventos
Informativos
Jurisprudência
Legislação
LGPD
Linha do Tempo
Links
Noticiário
PDQ
Prêmios
Prestação de Contas
Publicações
QuímicaViva
Selo de Qualidade
Simplifique
Sorteios
Termos de privacidade
Transparência Pública
 

Jul/Ago 2006 

 


Matéria Anterior   Próxima Matéria

Workshop do CRQ-IV debateu a Cosmetovigilância


O CRQ-IV reuniu, em 27 de julho, representantes do governo, de empresas e especialistas da área cosmética no Workshop Cosmetovigilância. Iniciativa da Comissão Técnica de Cosméticos do Conselho e com o apoio do Sindicato dos Profissionais da Química do Estado de São Paulo (Sinquisp), o evento aconteceu na sede da entidade e reuniu cerca de 180 pessoas.

Na abertura, o presidente do Conselho, Manlio de Augustinis, afirmou que “o tema cosmetovigilância é de suma importância para a proteção do consumidor e, por isso, merece ser discutido por profissionais e por empresários”. Destacou também o papel dos responsáveis técnicos na implantação das boas práticas de fabricação e na garantia da qualidade dos produtos.

A implantação de sistemas de cosmetovigilância nas indústrias cosméticas tornou-se obrigatória em dezembro de 2005, com a publicação da Resolução nº 332, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Três técnicos daquela agência participaram do workshop: o gerente geral de Inspeção e Controle de Insumos, Medicamentos e Produtos, Roberto Barbirato; a chefe da Unidade de Inspeção e Certificação de Cosméticos, Maria do Carmo Severo; e a especialista em regulamentação e vigilância sanitária, Tassiana Fronza, da Gerência Geral de Cosméticos.

Tassiana explicou que a adoção da cosmetovigilância foi necessária uma vez que o consumo está crescendo e há muitos produtos sendo usados ao mesmo tempo pelo consumidor. Isso, salientou, favorece a interação dos componentes das fórmulas e possibilidade de surgimento de efeitos adversos. Por sua vez, Maria do Carmo afirmou que a Anvisa já está cobrando das empresas o cumprimento da Resolução 332/05 e chamou a atenção para a necessidade de as empresas manterem arquivada toda a documentação do serviço de cosmetovigilância, de modo que se garanta a rastreabilidade do processo.

A chefe da unidade de inspeção também salientou a importância dos lotes fabricados ficarem arrmazenados por até um ano após o fim o prazo de validade. “A empresa tem de manter as amostras até para se defender em caso de problemas”, enfatizou Maria do Carmo Severo.

Após os esclarecimentos da Anvisa, o toxicologista Philippe Masson, professor das universidades de Bruxelas (Bélgica) e Bordeaux (França), falou sobre o funcionamento do sistema de cosmetovigilância nos países da União Européia (UE). Ele afirmou que, sendo a compra de cosméticos independente de indicação de um profissional da saúde, a responsabilidade pela segurança do produto é toda da empresa que o coloca no mercado. “Fazer o controle [dos efeitos provocados pelos cosméticos] é responsabilidade da indústria”, reforçou o toxicologista. Masson ainda destacou a necessidade de uma parceria sólida entre órgãos de regulamentação e empresas para que o sistema de cosmetovigilância efetivamente funcione. “A cosmetovigilância não pode ser feita sem uma relação de confiança entre as indústrias e a autoridade sanitária”, ressaltou.

Na segunda parte do evento, os participantes ouviram relatos de profissionais de empresas que já implantaram a cometovigilância: o Químico Industrial João Hansen, diretor de P&D da Avon; a Engenheira Química Ana Marta Tucci, gerente de P&D da Nazca Cosméticos; a também Engenheira Química Silvana Nakayama, gerente de P&D, e Silvestre de Rezende, diretor, da Valmari Laboratórios Dermocosméticos; e o dermatologista André Vergnanini, da Allergisa, empresa que presta serviços para indústrias cosméticas.

Para Vergnanini, o impacto da Resolução 332/05 nas empresas vai ser mínimo, porque a maioria delas já man- tinha serviços de atendimento ao consumidor (SACs) e investigava as queixas recebidas. As mudanças estariam na necessidade de manter os relatos arquivados e notificar as autoridades quando é identificado um efeito causado por uma substância.

Hansen, da Avon, afirmou que “um dos pontos-chaves, e não importa o tamanho da empresa, é ter um sistema confiável de rastreabilidade”. Outra preocupação do executivo, compartilhada pelos representantes das demais empresas e do Procon, é a apresentação de instruções de uso no rótulo dos produtos. Se as informações não forem claras, a empresa pode ser responsabilizada por reações adversas que o consumidor tenha em função do uso inadequado. Vergnanini disse que até informações óbvias precisam contar no rótulo.

O diretor da Valmari falou sobre a preocupação da empresa com a qualidade de atendimento que os clientes recebem no SAC.

Os representantes do Procon, Ivo Apanavicius e Renata Molina, relataram que a maioria das reclamações sobre produtos cosméticos vem de clientes insatisfeitos com o atendimento que receberam do fabricante.

Clique aqui para obter as cópias das apresentações feitas no workshop. Em breve, também será disponibilizada a transcrição completa do áudio gravado no evento.




Relação de Matérias                                                                 Edições Anteriores

 

Compartilhe:

Copyright CRQ4 - Conselho Regional de Química 4ª Região