O Engenheiro Industrial – Modalidade Química Gerson de Mello Almada, ex-presidente da Associação Brasileira de Engenharia Química (1998-2000), é o ganhador do Prêmio Fritz Feigl 2006, promovido pelo CRQ-IV. Ele disputou o prêmio de R$ 40.000,00 livres de impostos com outros doze participantes do concurso, que neste ano foi destinado a profissionais da indústria. Foi o maior número de inscrições desde que o prêmio foi lançado.
Almada graduou-se em 1973 no curso de Engenharia Química da Universidade Mackenzie. No ano seguinte, ingressou na Snamprojetos Engenharia e passou dois anos aperfeiçoando-se na unidade da empresa na Itália. Permaneceu na companhia até 1985 e, durante esses 12 anos, participou de vários trabalhos, alguns deles ligados à indústria petrolífera. Desenvolveu uma série de projetos para a Petrobras, entre eles: recolocação do sistema de tochas e interligação com o sistema de blow-down da Refinaria Duque de Caxias – Reduc; unidade de desoleificação de parafinas; plataforma de Pampo da Refinaria de Campos; estudo de viabilidade do Gasoduto Brasil-Bolívia. Participou ainda de estudos de racionalização da utilização de energia de indústrias como a Ultrafertil e a White Martins.
Em 1985, ingressou como superintendente de engenharia industrial da Engevix Engenharia. Doze anos depois, tornou-se sócio e vice-presidente da empresa. Nessa companhia, que tem atuação internacional, Almada continuou desenvolvendo projetos relativos à exploração de petróleo, mas também se dedicou a outras áreas. Participou dos projetos de revisão e complementação das Estações Transformadoras de Transmissão Nordeste, Sul e Oeste de São Paulo e da região do ABC, para a Eletropaulo; do gerenciamento do projeto hidráulico e de ar condicionado do metrô de Bagdá, no Iraque; e do detalhamento de redes de distribuição de gás na capital paulista, entre outros.
Na área acadêmica, Almada foi professor da Escola de Engenharia da Universidade Mackenzie, de 1977 a 1995 e chefe do Departamento de Química Aplicada da mesma instituição, de 1987 a 1995. Também atuou como docente em cursos pós-universitários e de graduação da Escola de Engenharia Mauá, além da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec).
O vencedor do Prêmio Fritz Feigl deste ano tem 12 trabalhos técnicos publicados, com temas que vão do processo integrado de amônia-uréia à necessidade de regulamentação da energia elétrica, passando pelo abastecimento de gás natural. Foi membro da coordenação da comissão executiva do 8º Congresso Brasileiro de Engenharia Química (Cobeq), realizado em 1988, e presidiu a edição seguinte do evento, que aconteceu em 1992. Também foi o presidente do I Encontro Brasileiro sobre Tecnologia na Indústria Química (Enbteq).
Almada integrou o conselho do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) e é membro a diretoria da Associação Brasileira de Engenharia e Montagem Industrial (Abemi). Nesta última, também faz parte do grupo de trabalho que, em conjunto com o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), analisa projetos contendo pedidos de averbação. É membro, ainda, da Comissão de Engenharia do Instituto Brasileiro de Petróleo.
O Engenheiro Químico Gerson de Mello Almada, que tem 55 anos, receberá o Prêmio Fritz Feigl em 24 de junho, durante a cerimônia que comemorará o Dia do Profissional da Química e os 50 anos da Lei 2.800/56, que criou o Sistema CFQ/CRQs.
Promovido anualmente pelo CRQ-IV, o Prêmio Fritz Feigl é um dos mais importantes da área química. Recebe este nome em homenagem a um dos químicos analíticos de maior destaque no século XX, criador da conhecida técnica de análise de toque. Embora tenha nascido na Áustria, Feigl imigrou para o Brasil durante a Segunda Guerra Mundial e aqui desenvolveu grande parte de suas pesquisas.