Em cerimônia realizada dia 16 março, a diretora superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, o presidente da UDOP - Usinas e Destilarias do Oeste Paulista, Luiz Guilherme Zancaner, e o prefeito de Araçatuba, Jorge Maluly Netto, assinaram o “Termo de cooperação técnico educacional”, primeiro passo do processo que culminará com a instalação, ainda este ano, de uma unidade da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (FATEC) e de uma Escola Técnica Estadual (ETE) naquela região.
A assinatura do documento ocorreu durante a Feicana/FeiBio 2006 – Feira de Negócios do Setor de Energia, organizada pela UDOP e da qual o CRQ-IV participou. A instalação dessas duas unidades de ensino era um antigo pleito da região, que se destaca pela forte produção de açúcar e álcool.
A assinatura do termo de cooperação aconteceu menos de um mês depois que o presidente do CRQ-IV, Manlio de Augustinis, enviou carta ao então governador Geraldo Alckmin, manifestando o apoio do Conselho à instalação das duas unidades educacionais. O ato do Conselho, aliás, foi noticiado pela UDOP em site (clique aqui para ver).
No documento enviado, Augustinis salientou que há anos o Conselho tem desenvolvido um trabalho de conscientização para mostrar aos usineiros o quanto profissionais da área química podem contribuir para a melhoria e modernização dos processos produtivos. Entre os vários resultados positivos dessa atuação está a sólida parceria firmada com o setor sucroalcooleiro do Oeste Paulista, que resultou na profissionalização da produção de açúcar e álcool.
Baseado em projeções da própria UDOP, Augustinis informou a Alckmin serem firmes as intenções de investimentos na região. A estimativa, ressaltou o presidente do CRQ-IV, é de que 30 novas usinas sejam instaladas nos próximos quatro anos. Se confirmado esse número, haverá a geração de 16 mil novos empregos, dos quais 1/3 (5,3 mil) serão vagas destinadas a profissionais da química. E para suprir tal necessidade, serão necessárias escolas de excelência para formação desses especialistas.
A criação de novas empresas se dará principalmente pelo aumento da demanda por fontes de energia limpas e renováveis, como o álcool, cujo potencial tem aguçado o interesse de empresas internacionais, inclusive de gigantes das áreas que nada têm a ver com a de energia, como Microsoft e a Google, ambas do setor de informática.