A maioria (86%) dos profissionais que atua como Responsável Técnico (RT) em indústrias químicas e petroquímicas de São Paulo e Mato Grosso do Sul desconhece ou apenas ouviu falar a respeito do Sistema Globalmente Harmonizado para Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS). Essa é a principal informação resultante da pesquisa promovida em abril e maio deste ano pelo CRQ-IV.
Os resultados do levantamento foram apresentados ao grupo de trabalho formado por entidades governamentais, empresariais e de profissionais que discute a implantação do sistema no Brasil, durante reunião realizada dia 25 do mês passado na sede do Conselho. A equipe concluiu que será necessária a criação de mecanismos de divulgação e a realização de treinamentos para que o sistema possa ser implantado no País até 2008. A partir daquele ano, as empresas que não se adequarem ao GHS poderão enfrentar dificuldades para exportar seus produtos.
A pesquisa apurou dados bem preocupantes: 10% daqueles que participaram nunca elaboraram a Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) e 38% só a elaboram quando solicitado pelo cliente. Esses números mostram que quase metade dos que responderam a pesquisa ignoram o Decreto 2.657/98, que ratifica a Convenção nº 170/Recomendação nº 177 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Esses dispositivos obrigam que o fornecedor dos produtos químicos disponibilize as informações de segurança na utilização dos mesmos no trabalho.
Ainda segundo a pesquisa, 72% dos participantes declararam encontrar dificuldades de acesso às informações sobre riscos/perigos que as substâncias químicas oferecem à saúde e ao meio ambiente, o que dificulta a elaboração de rótulos e de documentos como a FISPQ.
Clique aqui para ver os números finais do levantamento. Para obter mais informações sobre o GHS,
acesse a página mantida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.