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Mai/Jun 2009 

 


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Técnico faz trabalho de educação ambiental em Piracicaba (por Carla Frederico)


Daniel Ferraz de Campos tem 58 anos e é Técnico Químico aposentado. Mora em Piracicaba, interior de São Paulo. Em sua vida profissional, atuou na indústria de celulose, de álcool e em estação de tratamento de esgoto. “Sempre trabalhei em chão de fábrica”, conta, ressaltando que sua experiência se concentrou na manutenção de equipamentos como filtros, caldeiras, esteiras rolantes, compressores etc. Hoje, apesar de aposentado, ele ainda trabalha. Mas trocou o chão da fábrica pelo “chão de grama”. Campos é funcionário do zoológico municipal, onde atua como educador ambiental. Lá, faz apresentações de caráter artístico-pedagógico para grupos de crianças sobre a importância da reciclagem, utilizando brinquedos fabricados por ele.
 
Os brinquedos – animais, máscaras, jogos de argolas etc – são feitos com garrafas PET, por meio de uma técnica que o próprio profissional desenvolveu. Para criá-los, Campos primeiramente corta tiras de plásticos a partir das garrafas, usando um instrumento que também inventou. Em seguida, vai trançando as tiras e, se necessário, as costura com linha de náilon, utilizando uma agulha feita com PVC de tubos usados.

O profissional diz que sua preocupação com a questão da reciclagem do plástico foi despertada na época em que as garrafas de vidro foram substituídas em maior escala pelas feitas de PET. Foi a partir de então que começou a desenvolver a técnica para reutilizar o material. Adicionando uma boa dose de criatividade, passou a produzir os mais variados objetos, que vão desde vasos e porta-retratos a uma infinidade de brinquedos.
 
As apresentações no zoológico são entremeadas por poesias também de sua autoria (veja ao lado trecho de “O que faz a tristeza de nossos rios”). Ele conta que sua intenção é atingir o sentimento das crianças por meio dos sentidos: os poemas estimulam a audição, os brinquedos coloridos agradam pelo visual bonito e, ao brincar com eles, os pequenos sentem o contato com o material – o plástico.

Além do trabalho no zoológico, o Técnico Químico também profere palestras em empresas. “Dependendo do público, sigo uma linha mais técnica ou mais lúdica”, explica. Uma de suas apresentações foi para um grupo de assistentes sociais da prefeitura que iriam fazer um trabalho de educação ambiental com moradores de loteamentos populares da cidade. Daniel ensinou aos profissionais sua receita de como misturar brincadeira, poesia e informação para chamar a atenção das pessoas para a questão da reciclagem do plástico.

O trabalho desse profissional vem sendo reconhecido na cidade. Em 2003, ele foi agraciado pela Câmara dos Vereadores com o prêmio Destaque Ambiental. Sua vontade agora é divulgá-lo cada vez mais e passar sua metodologia de ensino para mais pessoas. “A questão da reciclagem não é local, é global”, compara.

Depois de anos decifrando as propriedades das substâncias e o funcionamento dos equipamentos, agora Campos se apoia em sua experiência para estudar todos os dias a melhor maneira de promover a consciência ecológica mexendo com a emoção. “Quero sensibilizar as pessoas que estão lá, me vendo e me ouvindo, e convencê-las de que precisam fazer a sua parte”, declara. Em seguida, finaliza: “O Químico trabalha sempre com o elemento químico. É interessante também que nos preocupemos em trabalhar com o elemento ser humano”.





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