A morte do presidente do CRQ-IV, Olavo de Queiroz Guimarães Filho, no final do ano passado (veja reportagem nas páginas centrais desta edição), encerrou uma gestão que em seus mais de 20 anos de duração procurou inovar e pôr em prática medidas que favorecessem os profissionais e as empresas da área química.
Sem dúvida, a construção da nova sede do Conselho foi a obra material de maior visibilidade de Guimarães Filho. Porém, o trabalho que desenvolveu à frente da entidade deve ser avaliado de modo global. É claro que erros aconteceram, mas estes só são cometidos por quem toma iniciativas.
O novo presidente do Conselho, Manlio de Augustinis, que há anos já atuava como principal assessor de Guimarães Filho – daí uma das razões de ter sido eleito novo dirigente máximo da entidade –, adianta que dará continuidade ao trabalho do antecessor, preservando a meta de fazer do Conselho um órgão atuante, sintonizado com os anseios da classe química e defensor dos interesses da sociedade.
Inicia-se, assim, uma nova etapa na vida da entidade e o novo deve sempre ser recebido como um sinal de esperança e de evolução.
O ano de 2003 foi difícil para todos. Para os profissionais da química houve o agravante envolvendo o Conselho Federal de Farmácia e a sua tentativa de criar empregos à custa da eliminação da concorrência, ou seja, dos químicos que atuam na indústria farmacêutica. E vale destacar que esse é um problema sério não só para quem está na área, mas para todos os profissionais à medida que pode significar uma opção a menos num mercado de trabalho que já não é dos melhores.
Apoiada pelo CRQ-IV, a classe reagiu e agora aguarda que o Ministério Público do Trabalho e a Justiça façam valer os direitos previstos em Lei. Que o ano novo transforme essa esperança em realidade!