A Bolsa de Empregos montada pelo Conselho e pelo Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais, Engenheiros Químicos e Técnicos Químicos do Estado de São Paulo (Sinquisp) entrou em operação dia 25 de abril e, em pouco mais de um mês, já contabilizava mais de 500 currículos cadastrados. Ao manter esse ritmo, a ela vai se tornar num dos mais importantes referenciais de pesquisas na área de recursos humanos para empresas do setor químico.
Mas se a quantidade de profissionais inscritos foi grande, o mesmo não se pode dizer em relação às vagas: apenas oito empresas fizeram ofertas de emprego até o dia 25 de maio. Apesar de pequeno, esse número não tem tanta representatividade, uma vez que a possibilidade de inserirem anúncios é apenas uma das maneiras que as empresas têm para usar o serviço. O que causaria preocupação seria se os empregadores não se cadastrassem para receber avisos sobre a entrada na Bolsa de profissionais cujo perfil lhes interessasse. E isso não ocorreu: até o dia 25 de maio, o sistema havia contabilizado 272 pesquisas gravadas. Por sua vez, o Sinquisp atendeu empresas interessadas em ter acesso ao banco de dados e que preferiram não faze-lo via internet.
A gravação de pesquisas é, aliás, um dos principais atrativos da Bolsa. Trata-se de uma ferramenta que objetiva atender empregadores que preferem não expor seus nomes. A idéia é lhes oferecer o mesmo anonimato que procuraram quando, por exemplo, anunciam suas vagas nos classificados de jornais e indicam uma caixa postal como meio de contato.
Nessa mesma linha de procedimento, vários empregadores pesquisaram os currículos e como naquele momento não encontraram ninguém que lhes interessasse, acionaram a gravação da pesquisa. Isso fez com que se credenciassem – no instante seguinte à gravação e nos 30 dias posteriores –, a receberem automaticamente da Bolsa e-mails dando conta do ingresso no Banco de Dados de currículos correspondentes ao perfil estabelecido na pesquisa inicial.
Sigilo
E sobre os profissionais que conseguiram emprego? Tanto o Conselho quanto o Sinquisp não dispõem desse número pelo fato de não intermediarem as contratações. Conforme as regras, o sigilo é um dos princípios da Bolsa, o que desobriga a empresa e/ou o profissional de avisarem as entidades.
Contudo, o Conselho notou nas últimas semanas um movimento de profissionais que estavam dispensados da anuidade mantendo contato para pedir a suspensão do benefício por terem conseguido um novo emprego. Até o dia 27 de maio, cerca de 15 pessoas pediram para que a dispensa da anuidade fosse suspensa. Esse movimento, porém, ainda não pode ser visto como um indicador de que Bolsa facilitou a obtenção desses novos empregos.
As entidades mantenedoras da Bolsa têm se esforçado no sentido de tornar o serviço cada vez mais conhecido e com isso fazer com que se firme como uma ferramenta comum no cotidiano das empresas. Em 27/04, depois de solicitação feita pelo Conselho, a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) informou que a entrada em operação da Bolsa estava sendo divulgada na área privativa do site da entidade. Esse apoio foi muito importante pois abriu a possibilidade de que empresas de todo o País tomassem conhecimento dessa nova opção.
Dentro da estratégia de divulgação, o Conselho também manteve contato e enviou material às várias revistas especializadas na área, além de ter publicado um anúncio na revista "Anais da ABQ", da Associação Brasileira de Química, e destinado o espaço que tem na revista "Total Clear" para comentar sobre a Bolsa. De sua parte, o Sinquisp deverá concluir nos próximos 30 dias a produção de uma mala direta a ser enviada para empresas.