Numa iniciativa do ProCentro (Programa de Valorização do Centro, mantido pela Secretaria de Habitação de São Paulo), tiveram início em junho as obras de reforma do viaduto Santa Ifigênia. O acompanhamento das obras de recuperação está sob a responsabilidade do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT). A obra deverá ser concluída em aproximadamente dez meses.
A Técnica em Química Zehbour (fala-se Zepir) Panossian, chefe do Laboratório de Corrosão e Tratamento de Superfície do IPT e uma das coordenadoras do trabalho, diz que, nesta primeira fase, está sendo feita uma inspeção em toda a estrutura. O objetivo é definir as formas de manutenção a serem implementadas na etapa seguinte. "Vamos verificar se será necessário recuperar ou substituir os componentes comprometidos por corrosão, definir o esquema de pintura a ser adotado e depois acompanhar os trabalhos de preparação de superfície e aplicação da pintura", completa o físico Neusvaldo Lira de Almeida, outro técnico do IPT encarregado do trabalho.
A corrosão dos componentes metálicos em viadutos decorre da exposição atmosférica e os principais agentes responsáveis pelo fenômeno são a umidade relativa do ar e os compostos de enxofre, este emanados pela queima de combustível e pela atividade industrial. Embora o viaduto esteja localizado numa região bastante poluída por monóxido de carbono (expelido pelos escapamentos dos carros), esse agente não é corrosivo. "As taxas de corrosão das estruturas metálicas, no centro de São Paulo, são relativamente baixas", esclarece Zehbour.