O veterano professor e pesquisador do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) e do Instituto de Química (IQ) da USP, Alcídio Abrão, foi o ganhador do Prêmio Fritz Feigl deste ano. Promovido pelo CRQ-IV, o concurso, que é o maior em sua categoria, prevê a entrega de um placa comemorativa, um certificado e R$ 30 mil livres de impostos ao vencedor. Os prêmios serão entregues no dia 25 de junho, durante as comemorações pelo Dia Nacional do Profissional da Química.
Paulista de São José da Bela Vista, Abrão completará 74 anos de idade no dia 18 de agosto. Graduado bacharel, em 1951, pela antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, ele tem em seu currículo diversos cursos de especialização, realizados no Brasil e no Exterior. No setor privado, trabalhou durante cinco anos como pesquisador das Indústrias Químicas Orquima S/A.
Ingressou no então Instituto de Energia Nuclear em 1957 para trabalhar como pesquisador da Divisão de Radioquímica. Em 1965, assumiu a chefia do Departamento de Engenharia Química do IPEN-SP, onde permaneceu até 1985. Naquele mesmo ano e até 1991, trabalhou como diretor de Materiais e Ciclo de Combustível do mesmo instituto. A partir de 1992, passou a atuar como consultor e orientador de pós-graduação no IPEN e no IQ.
Com três patentes obtidas, 180 trabalhos publicados e tendo orientado 51 teses (mestrado e doutorado), ao longo de sua consagrada carreira Abrão recebeu diversas honrarias e distinções. Entre elas, pode-se citar o Diploma de Honra ao Mérito e a Medalha Carneiro Felipe, pela Comissão Nacional de Energia Nuclear; Medalha Mérito Tamandaré, pelo Ministério da Marinha; e o diploma "honor al merito universitario", pela Universidad Nacional de Assunción, Paraguai. É, desde 1996, Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico - Área Tecnológica.