Diretrizes curriculares - A proposta para os cursos de química
Autor(a): por José Atílio Vanin
A proposta de Diretrizes Curriculares dos Cursos Superiores de Química das Universidades Públicas Paulistas, encaminhada ano passado ao Ministério da Educação, é um marco na história da Universidade no Brasil. Mais do que o conteúdo, o que lhe dá o caráter universitário é a integração alcançada entre as escolas que assinam o documento: as três da USP (campi da Capital, S. Carlos e Ribeirão Preto), a UNESP (Araraquara), a UNICAMP (Campinas) e a UFSCar (S. Carlos).
Trata-se de um texto coerente, que aborda a educação profissionalizante e que estabelece competências, habilidades e conteúdos programáticos.
Paralelamente à feitura do texto das Diretrizes, surgiu a proposta de serem realizados cursos intersemestrais, portanto interuniversidades, abertos aos alunos do sistema público estadual/federal paulista, com contagem de créditos válidos para os seus bacharelados.
O primeiro desses cursos aconteceu em janeiro deste ano, no campus da UFSCar, voltado para a técnica de Análise por Injeção em Fluxo. Alunos de diferentes origens foram selecionados por critérios aplicados uniformemente por todas as escolas, tais como índice de rendimento acadêmico dos participantes em seus cursos regulares.
Para o futuro, a sugestão é que os cursos intersemestrais não se limitem a temas acadêmicos, mas contemplem os aplicados. Isso permitiria a transformação de nossos colegas da indústria em docentes, abrindo assim uma via privilegiada para a perseguida integração universidade-indústria que, aliás é uma preocupação constante na proposta das diretrizes.