O CRQ-IV recebeu de escolas técnicas, em novembro, os primeiros pedidos de concessão do
Selo de Qualidade para seus cursos. Os nomes dessas instituições somente serão divulgados caso a Comissão Central de Qualificação (CCQ), formada pelos membros da Comissão de Ensino Técnico da entidade, decidir pela certificação. O processo será antecedido por auditorias a serem feitas nas instalações das pleiteantes.
O projeto do selo foi lançado em junho de 2007 e tem por objetivo estimular a qualidade do ensino a partir da competitividade entre as escolas. O centro desta "disputa" é a oferta de cursos que proporcionem sólida formação profissional, ampliando as chances dos egressos obterem boas colocações no mercado de trabalho. A idéia, segundo explica o conselheiro Paulo Cesar de Oliveira, um dos autores do projeto, é que as escolas usem a certificação como instrumento de marketing, destacando a certificação, pelo CRQ-IV, de seus cursos como meio de atrair alunos.
No dia 18 de novembro, aconteceu na sede do Conselho, na capital, uma reunião com representantes de 30 escolas. Na oportunidade, Oliveira fez um histórico do projeto, lembrando que a idéia surgiu de um fórum realizado pela entidade em 2004 e que teve como principal diagnóstico a grande preocupação manifestada por representantes das indústrias quanto ao preparo dos técnicos que contratavam. Em síntese, eles disseram que as empresas precisavam gastar tempo e dinheiro para prover aos egressos de cursos de nível médio conhecimentos que, em tese, deveriam ter adquirido na escola.
O CRQ-IV não tem como atribuição autorizar ou não o funcionamento de cursos, sejam eles de nível médio ou superior. Do mesmo modo, não há previsão legal para que verifique os conhecimentos daqueles que solicitam o registro profissional como faz, por exemplo, a Ordem dos Advogados do Brasil. O registro é concedido a partir da apresentação do diploma. Nestas condições, cabe às escolas e aos órgãos que cuidam da Educação garantir a competência profissional dos egressos.
O Selo de Qualidade não busca corrigir possíveis distorções que este modelo possa ter, até porque nenhuma escola está obrigada a aderir ao projeto, que agora já é considerado um programa diante da entrada dos pedidos de certificação. O que se quer é criar mecanismos de valorização das iniciativas que apontem para a excelência educacional.
Nesse sentido, as escolas cujos cursos obtiverem o selo serão destacadas no site e em outras mídias mantidas pelo Conselho. As que não o solicitarem ou não reunirem condições de obtê-lo continuarão sendo divulgadas, mas terão um destaque menor. O propósito não é desmerecê-las, mas informar aos pais, estudantes e empresas quais instituições provaram perante o CRQ-IV que seus cursos proporcionam uma formação adequada. O selo certifica o curso e não a escola.
Manual - Em outubro, foi publicada a 2ª edição do manual para obtenção do
Selo de Qualidade. O trabalho está disponível no
site do Conselho, em www.crq4.org.br. Em relação à versão anterior, foram introduzidos formulários destinados a facilitar a obtenção das evidências pedagógicas e administrativas que a escola postulante deverá apresentar. Também foram alterados os formulários de encaminhamentos dos pedidos de certificação.
Também está no site o
Guia de laboratório para o ensino de química, produzido pela Comissão de Ensino Técnico, que poderá servir de base para que a escola estruture um laboratório onde o aluno poderá aplicar melhor o aprendizado teórico.
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