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Mar/Abr 2010 

 


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Quase profissional!


Floripa "fez" graduação e pós em química junto com seu dono e

o acompanha nas visitas à Biblioteca do CRQ-IV

Ela não possui registro no Conselho, mas tem uma longa “vivência” na área química e por isso pode ser vista com certa constância na sede da entidade. Muito discreta e mais introspectiva ainda na presença de estranhos, limita-se a ficar quase imóvel na portaria, às vezes por horas. Só volta a se animar quando a porta do elevador se abre e dele sai seu grande amigo, o Bacharel em Química Eduardo Rezende Triboni. Graduado pela USP de São Carlos, ele possui também os títulos de mestre, doutor e pós-doutor em ciências – área de fisco-química. Quem é ela? É a Floripa, uma vira-lata puro sangue de nove anos de idade e que vive com Triboni desde os tempos em que ele ainda cursava a graduação.

Professor do curso de Farmácia da Universidade Paulista e integrante do Grupo de pesquisa em sistema Biomiméticos do Instituto de Química da USP de São Paulo, Triboni faz visitas frequentes à Biblioteca do CRQ-IV para obter conteúdo didático para as aulas que ministra. Ele é responsável pelas disciplinas “Química orgânica experimental” e “Tópicos em química orgânica”. Na Biblioteca, o profissional também tem buscado materiais de referência para as pesquisas de seu grupo. Este trabalho se concentra no desenvolvimento de sensores moleculares para identificação de compostos de interesse que, posteriormente, poderão ser utilizados em análises clínicas. Outra frente de pesquisa é o desenvolvimento de materiais funcionais. A ideia aí é o desenvolvimento de materiais que, por exemplo, sejam condutores de eletricidade com aplicação de luz, emissores de luz (LEDs) e catalisadores.

Floripa acompanha Triboni para quase todos os lugares. Pode-se dizer que fez os cursos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado junto com o dono, pois, segundo ele, estava sempre na universidade, muitas vezes “assistindo” as aulas da porta da sala. “Ela só não tem os diplomas”, brinca o profissional.

As visitas da cachorra ao Conselho são facilitadas pela proximidade da sede e o prédio onde Triboni reside com a esposa e dois filhos. Enquanto o pesquisador vai até a Biblioteca, instalada no segundo andar, Floripa fica no térreo aguardando-o pacientemente. Passa a maior parte do tempo sentada e de cabeça baixa. Raramente se deita ou vai até a área externa. Nunca se arrisca a um passeio pela rua. Sujeira? Não faz nenhuma, garantem os funcionários da recepção. Segundo seu dono, ela age desse mesmo modo em todos os lugares em que vai: supermercados, farmácias, lojas etc.

Floripa nunca frequentou uma escola de adestramento. Triboni diz que ela aprendeu a ser educada praticamente sozinha. No início, recebia algumas broncas quando saía da linha e acabou assimilando o que podia ou não fazer.

Mas será que a cachorra sempre foi tão certinha assim? Ora, todo mundo dá suas escorregadas e Floripa não fugiu à regra: certa vez, ela acompanhou o dono à uma festa na USP de São Carlos e desapareceu. “Pensei que havia se perdido ou que alguém a tivesse levado embora. No dia seguinte, fiquei sabendo que ela passou o tempo todo no camarim dos músicos”, contou Triboni. No lugar de curtir a balada, Floripa optou por um lugar mais calmo e que tivesse um atrativo irresistível: os petiscos dados pelos artistas!

Nascida em São Carlos, Floripa teve sorte na vida. Ainda filhote, foi “roubada” da casa onde vivia por uma senhora que ficou indignada com a forma cruel com que seus ex-donos a tratavam. Durante a “fuga”, a tal senhora parou em um posto de combustível onde Triboni estava abastecendo seu carro. “A cachorrinha me chamou a atenção e logo perguntei qual era a raça dela à mulher que a carregava”, recorda. A se- nhora não perdeu tempo e logo lhe foi contando toda a história. Sensibilizado, Triboni decidiu ali mesmo fazer a adoção. Desde então, os dois só se separaram uma vez em virtude de uma viagem que ele fez com a esposa e os filhos.

“Todo mundo gosta da Floripa”, salienta o Químico, explicando que nas duas vezes em que ela deu cria os filhotes foram motivo de disputa pelos colegas da faculdade. “Acho que eles viram ali uma oportunidade de terem uma companheira como ela”, compara.





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