Vapor metálico ressalta beleza de prédios históricos de São Paulo
Em setembro, lâmpadas de vapor metálico passaram a ser usadas na iluminação pública da cidade de São Paulo com uma finalidade bastante especial: valorizar prédios e construções históricas da cidade, sem distorcer as cores. Mais de cem lâmpadas deste tipo já iluminam a região do Teatro Municipal, Viaduto do Chá, Praça Ramos de Azevedo e locais próximos, substituindo as antigas, de vapor de sódio, que davam aparência amarelada à paisagem noturna.
De acordo com o gerente de produto da OSRAM no Brasil, Ronald Leptich, a lâmpada de vapor metálico se diferencia da que utiliza vapor de mercúrio devido à presença de iodetos metálicos no interior do tubo de descarga. Daí a possibilidade de variação da coloração da lâmpada. Ela também é mais eficiente, já que conta com um revestimento de alumínio nas extremidades do tubo de descarga que reflete o calor gerado pela descarga para os eletrodos impedindo, assim, a condensação dos iodetos no interior do tubo, o que aumenta sua vida útil.
Leptich explica que esse tipo de lâmpada deve operar com um reator, que produz picos de alta tensão de até 5.000 V para a ignição. “Porém, há outras versões que dispõem de eletrodo auxiliar, assim como a lâmpada a vapor de mercúrio. Dessa forma, a geração de pulsos de alta tensão é desnecessária”.
O gerente da Osram - empresa registrada no CRQ-IV desde 1967 - informa que hoje a lâmpada de vapor metálico é uma das soluções mais versáteis do mercado de iluminação, já que pode ser utilizada em lojas, indústrias, estádios de futebol e até mesmo para fins residenciais.
Esta tecnologia, acrescenta, está disponível em potências de 10W até 1.800W e seu rendimento gira em torno de 100 lm/W, oferecendo o dobro de eficiência em relação às lâmpadas de mercúrio.
Quando utilizadas em sistemas de segurança, oferecem diferenciais importantes como a proteção das cores capturadas pelas câmeras. Além disso, proporcionam mais luz e menor consumo de energia elétrica quando comparadas a outros tipos de lâmpadas mais comumente utilizadas, como as mistas e halógenas.
À esquerda, o Viaduto do Chá iluminado com lâmpadas de vapor de sódio. À direita, o local com a nova iluminação.