Tiveram início no mês de novembro as atividades da Associação Paulista dos Profissionais Químicos na Indústria Farmacêutica e Afins (APQUIF), a mais nova entidade da área. A estréia se deu com a realização do curso "Produtos de degradação em medicamentos: porque e como avaliar", do qual participaram 24 profissionais. O treinamento aconteceu na sede do CRQ-IV, em São Paulo (veja abaixo).
A idéia de criação da APQUIF surgiu das discussões de um grupo de profissionais que integram a Comissão Técnica de Química Farmacêutica do CRQ-IV. A comissão foi criada em 2004 com o objetivo de analisar e contestar a Resolução 387, do Conselho Federal de Farmácia, que transformou em privativos dos farmacêuticos cargos da indústria que historicamente sempre foram ocupados por profissionais da química e, em alguns casos, também de outras áreas.
A entidade é presidida pelo Engenheiro Químico Toshio Ida, que trabalha na Sanofi-Aventis, de Suzano/SP. Ida, que integra a comissão do CRQ-IV desde a sua criação, explica que a APQUIF não tem finalidades políticas. Seu objetivo principal e criar mecanismos para que os profissionais do setores farmacêuticos e afins (como os das indústrias farmoquímicas, de cosméticos e até mesmo de saneantes) tenham acesso à meios que lhes permitam uma contínua capacitação.
São várias as formas que a entidade poderá se utilizar para tal fim: promoção de cursos, seminários e conferências são algumas delas. "Em breve, teremos um site no qual serão publicados artigos técnicos e criado um fórum para troca de informações, envio de perguntas etc. Nossa intenção primeira é promover a difusão do conhecimento", salienta Toshio Ida.
O site já está em construção e a previsão é de que entre em funcionamento em fins de janeiro. Outro serviço a ser disponibilizado é um cadastro gratuito. Ao se inscrever, o interessado passará a receber notícias e informações sobre assuntos relacionados à atividade química nas indústrias afins, como, por exemplo, dicas de cursos, promovidos ou não pela APQUIF, resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), inserção de novos artigos técnicos etc. No fechamento desta edição, o endereço do site estava sendo contratado, mas era quase certo que seria www.apquif. org.br.
Associação - De acordo com o também Engenheiro Químico Eldinaldo Sobral, que trabalha na EMS, em Horto- lândia, vice-presidente da APQUIF, como a entidade encontra-se em fase de estruturação, ainda não foram definidos os critérios de aceitação de filiados. "Claro que haverá cobrança de uma taxa de quem quiser se associar, pois nenhuma entidade sobrevive sem arrecadação,
mas esse valor está em estudo", explicou. Ele argumentou que será interessante para o profissional firmar vínculo com a entidade, pois todos os eventos que a APQUIF promover terão preços reduzidos para os associados. Sobral acredita que os critérios e a ficha de de filiação serão disponibilizados tão logo o site comece a funcionar. Por enquanto, contatos com a associação deverm ser feitos pelo e-mail
rmct.ida@ig.com.br.
Também integram o grupo fundador da associação os seguintes profissionais: Arthur da Costa Mattos, Débora C. P. de Melo, Dênis A. Padeiro, Fabiano Nunes, Lígia Maria Rocha, Luciana M. Oliver, Marcelo D. de Oliveira, Maria Asunción Bilbao, Nelson Claudio Andrade, Reinaldo Verrone, Sabrina Arantes de Oliveira e Vânia Macedo Arlindo.
Os 24 profissionais que participaram do curso "Produtos de degradação em medicamentos: porque e como avaliar", fizeram uma ótima avaliação do treinamento, conforme demonstra a tabela. O curso foi a atividade de estréia da Associação Paulista de Profissionais Químicos na Indústria Farmacêutica e Afins (APQUIF) e o levantamento divulgado resultou da pesquisa feita pela entidade após o treinamento. Ministrado pelo Químico Industrial Ubiracir Fernandes Lima Filho, que tem doutorado em Vigilância Sanitária, o curso objetivou preparar os participantes para atender exigências relacionadas ao
Guia para Realização de Estudos de Estabilidade, publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Agora é momento deste "boom" da degradação e o curso tirou de forma muito clara todas as dúvidas, desde como fazer e porque fazer", afirmou a Química Industrial Renata Moura Camardella, pesquisadora e supervisora de projetos da EMS. Seu colega de empresa, Rodrigo Alves Viana da Silva, disse que "o Ubiracir [o instrutor] tem muito conhecimento. O curso foi muito proveitoso e eu o indicaria para outras pessoas se voltar a ser realizado". "Achei muito interessante porque nos deu boas dicas de como inspecionar a indústria farmacêutica" afirmou o Bacharel Rafael Sanches, funcionário da Coordenação de Vigilância Sanitária da cidade de São Paulo (Covisa).
Além de EMS, também participaram do treinamento representantes das seguintes indústrias: Sanofi-Aventis, Catalent, Pfizer, Medley e Eurofarma. O CRQ-IV, por ter apoiado a iniciativa, disponibilizou quatro inscrições gratuitas aos profissionais da química que trabalham na Vigilância Sanitária do estado de São Paulo. A divulgação foi feita com o envio de e-mails às chefias de todas as coordenadorias municipais. Infelizmente, não houve qualquer retorno. Apenas Rafael Sanches e sua colega na Co- visa da capital, Renata França Lima se inscreveram, mas mesmo assim porque souberam do curso por outros meios.
Os participantes também aprovaram a criação da APQUIF por entender que a entidade poderá ajudar os profissionais da química a reposicionarem sua importância dentro da indústria farmacêutica. Todos os participantes autorizaram a associação a cadastrá-los no futuro serviço de envio de informações sobre novidades do setor que terá em seu site.
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Qualidade do curso
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1
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3
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4
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5
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| Desempenho do instrutor |
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03
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21
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| Conhecimento dos instrutor sobre o assunto ministrado |
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01
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23
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| Didática e clareza do instrutor |
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04
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20
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| Empenho do instrutor na resolução de dúvidas |
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01
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02
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21
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| Pertinência do assuntos em relação aos objetivos do curso |
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05
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19
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| Pertinência do assunto em relação aos seus objetivos |
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06
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18
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| Entidades programam novo treinamento |
"Fundamentos em aumento de escala" é nome do próximo curso que a APQUIF, em conjunto com o Instituto Internacional de Pesquisas Farmacêuticas (IIPF) e a Comissão Técnica de Química Farmacêutica do CRQ-IV pretendem realizar nos dias 03 e 04 de março do ano que vem.
O objetivo do curso é ajudar pesquisadores a desenvolverem estratégias para responder questões como “Que experimentos básicos e avançados deveriam ser feitos para descobrir a chave dos controles de processo para operar com sucesso em escalas maiores?”. O intuito é focar em técnicas experimentais a fim de aumentar a eficiência e eficácia com o qual o aumento de escala deve ser acompanhado.
O curso será ministrado pelo Dr. Reinaldo M. Machado, formado em química e matemática, com PhD em engenharia química com ênfase em química, na Universidade de Wisconsin em 1986 e atualmente é presidente da empresa Americana RM2 Technologies LLC, uma empresa focada em ensinar aplicações práticas da tecnologia de misturas para químicos e engenheiros. O Dr. Reinaldo M. Machado possui 22 anos de experiência em aumento de escala, e ampla experiência técnica em engenharia de reatores, transferência de massa e calor, calorimetria, etc
Uma única característica desse curso é a ênfase na necessidade, de químicos e engenheiros rapidamente identificarem pontos críticos do scale-up no processo da reação química e os métodos para desenvolver processos robustos que podem ser ajustados para serem reproduzidos em reatores industriais.
Apresentar para pesquisadores brasileiros um assunto que tem beneficiado pesquisadores de vários locais do mundo e de grandes empresas como Monsanto, Roche Pharmaceutical, Dow Corning, Oxychem, Sepracor, Pfizer, entre outras.
O curso é dirigido particularmente a engenheiros e cientistas com experiência limitada em aumento de escala em indústria farmacêutica, química fina, especialmente em mercados químico e agroquímico as quais aplicam tecnologias em reatores/tanques de agitação.
O curso abordará conceitos fundamentais tais como, viscosidade, características de agitadores e poder de análise e estratégias para aumento de escala. Além disso, o curso conterá tópicos de processos homogêneos em fase liquida misturas multifases, transferência de calor, cinética e técnicas de modelagem.
O curso conterá também um número relativo de estudos de casos curtos e estudos de casos práticos para aplicações industriais. O curso focará processos químicos em batelada em reatores/tanques de agitação, mais comumente encontrados em indústrias de química fina e farmacêutica. Exemplos, focados em metodologias laboratoriais aplicados a problemas reais para preparar cientistas/pesquisadores e engenheiros para sucessos em aumento de escala.
Serão abordados com muita profundidade problemas envolvendo sistemas trifásicos em reatores/tanques agitados e tecnologia em catálise. Existirá uma seção especifica na predição e aumento de escala de suspensões sólidas. E exemplos de emulsões e misturas serão apresentados.
Aplicações catalíticas serão descritas para hidrogenações. Seleção detalhada de catalisadores ainda não descritos, tais como processos trifásicos (catalisador sólido, gás e liquido) que podem ser realizados com sucesso no aumento de escala em agitação padrão dos reatores.
Informações adicionais poderão ser solicitadas a uma das organizadoras deste treianmento, a pesquisadora do IIPF Patrícia Baraldi, pelo endereço eletrônico
patricia.baraldi@institutoipf.org.br.
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