Divulgação e reconhecimento estimularam a participação
Pesquisa feita pelo Informativo CRQ-IV com orientadores e autores de trabalhos que disputam a edição 2011 do Prêmio CRQ-IV indicou que os principais fatores que os levaram a se inscrever foram a divulgação que o concurso proporciona e o reconhecimento que ele ajuda a conquistar nos meios acadêmicos e científicos. Tais características beneficiam tanto os participantes quanto as instituições de ensino que representam.
Além dos motivos que estimularam a participação, a pesquisa também levantou os meios pelos quais os concorrentes tomaram conhecimento do concurso. O Informativo CRQ-IV, com 21 indicações, e os cartazes promocionais enviados às escolas no fim do ano passado, com 11, foram as mídias mais citadas.
Foram entrevistados autores e/ou orientadores de 45 dos 47 trabalhos que estão concorrendo. O Conselho recebeu 57 inscrições, porém dez acabaram desclassificadas por estarem em desacordo com um ou mais itens do regulamento. Mesmo assim, o número de concorrentes representa um recorde na história do Prêmio CRQ-IV. Os vencedores serão conhecidos em maio e a premiação ocorrerá em 18 junho, durante a cerimônia que comemorará o Dia do Profissional da Química.
Aluna da Universidade Federal do ABC, Tânia Maria Manieri disse que soube do concurso quase de maneira simultânea: viu o cartaz no mural da escola e, no mesmo dia, sua orientadora, Gisele Cerchiaro, lhe falou sobre o prêmio e sugeriu que participasse para divulgar seu projeto. “Levamos muito tempo, dois, três anos, para fazer este trabalho e resolvemos investir nele. Inscrever o trabalho no Prêmio CRQIV é uma forma de mostrar nosso estudo e conquistar um reconhecimento público”, afirmou.
Coordenador do curso de graduação em Química da Universidade de Franca, o professor Marco Antônio Verzola disse que a instituição sempre acompanha o Prêmio CRQ-IV e lembrou que, em 2010, foi vencedora na modalidade Engenharia Química. Segundo ele, que neste ano orienta o trabalho assinado por Marcelo Henrique da Silva, aquele fato estimulou mais os alunos a participarem, pois viram a possibilidade de um trabalho produzido no interior do Estado e por uma instituição particular ser reconhecido.
“Incentivamos a participação porque valoriza o esforço do aluno e estimula a pesquisa”, disse a professora Gislaine Delbianco, do Instituto Superior de Ciências Aplicadas (Isca/Limeira), orientadora do trabalho produzido por Laís Peixoto Rosado. Para ela, o prêmio é fundamental para as faculdades que querem fazer a diferença, principalmente as instituições privadas e que não dispõem de incentivos financeiros como as grandes universidades públicas. “Vamos na cara e na coragem: não temos a grife USP, Unicamp, Unesp, por isso é importante acharmos caminhos que valorizem a pesquisa e o trabalho de nossos alunos”, disse.
“Participamos de muitos concursos todos os anos e o Prêmio CRQ-IV é muito importante por conta da seriedade com que é feito”, avaliou a professora Patrícia Antonio de Freitas, orientadora de um dos trabalhos apresentados este ano por alunos do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT/São Caetano do Sul).
Adriana Célia Lucarini, do Centro Universitário da FEI (São Bernardo do Campo), disse ser importante participar do Prêmio CRQ-IV por causa da divulgação que ele proporciona para a escola e seus representantes. Ela conta que seu aluno, Frederico Dalyson Araújo, ficava acompanhando na internet as notícias sobre o prêmio. “Eu o incentivei a participar por causa da seriedade do concurso”, completou.
Premiado, como orientador, nas edições de 2002, 2005 e 2006, o professor Adilson Roberto Gonçalves, da Escola de Engenharia de Lorena (EEl/USP) conhece bem o retorno proporcionado pelo Prêmio CRQ-IV. “Só o fato de o trabalho aparecer no site do Conselho já começa a gerar repercussão dentro da faculdade”, atestou. Para o orientador do trabalho assinado por Naila Ribeiro Mori, o caráter científico e a publicidade que o concurso proporciona são os pontos que de fato estimulam a participação.
Láurea – “Quem sai da escola com uma láurea dessas já começa a carreira muito bem”, avaliou o professor Luiz Alberto Jermolovicius, também do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). Ele fala com propriedade, pois há dois anos o trabalho produzido por duas de suas alunas foi o ganhador na modalidade Engenharia Química. Este ano Jermolovicius volta a participar como orientador do trabalho feito por Lívia Rocha Hadad.
Representante da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp de Presidente Prudente, a professora Ana Maria Pires disse que a motivação de sua orientada em se inscrever foi a possibilidade de divulgar o trabalho que desenvolveu ao longo da iniciação científica. Obviamente, salientou a profissional, a premiação em dinheiro também é um atrativo, pois poderá ser utilizada pela aluna para continuar investindo em sua carreira. Em 2010, o trabalho orientado por Ana Maria foi o vencedor na modalidade Química de Nível Superior. De acordo com a professora, a valor recebido (R$ 10 mil) permitiu a aluna Andreza Cristina Souza Silva custear parte da viagem que fez a Portugal para passar um período na Universidade de Aveiro como integrante de um grupo de pesquisa.
Confira os resultados da pesquisa:
Como soube do concurso?
Pelo Informativo CRQ
21
Pelos cartazes enviados à escola
11
Pelo site do CRQ
3
Por meio de palestra feita pelo CRQ na escola
2
Boletim SBQ
0
Boletim Fapesp
0
Outros
8
Porque decidiu participar do concurso?
Porque ele confere reconhecimento à escola e/ou ao participante
18
Por causa da divulgação escola e do aluno
16
Por causa do prêmio em dinheiro
3
Para ter uma participação efetiva no Ano Internacional da Química