Busca
Faça uma busca por todo
o conteúdo do site:
   
Acesso à informação
Bolsa de Empregos
Concursos Públicos (CRQ-IV)
Consulta de Registros
Dia do Profissional da Química
Downloads
E-Prevenção
Espaços para Eventos
Informativos
Jurisprudência
Legislação
LGPD
Linha do Tempo
Links
Noticiário
PDQ
Prêmios
Prestação de Contas
Publicações
QuímicaViva
Selo de Qualidade
Simplifique
Sorteios
Termos de privacidade
Transparência Pública
 

Set/Out 2012 

 


Matéria Anterior   Próxima Matéria

Evento confirma aumento de interesse pela sustentabilidade


O Brasil recebeu a quarta edição da International Conference on Green Chemistry (ICGC), realizada de 25 a 29 de agosto, em Foz do Iguaçu (PR). O evento, que teve o CRQ-IV como um dos apoiadores, foi uma realização da International Union of Pure and Applied Chemistry (Iupac) e da Sociedade Brasileira de Química (SBQ). O encontro teve cerca de 600 participantes, provenientes de mais de 45 países, um expressivo crescimento em relação à edição anterior, promovida em 2010 na cidade de Ottawa (Canadá), que reuniu perto de 350 pessoas.

"Este aumento significativo do número de inscritos pode ser entendido como uma resposta ao crescente interesse neste campo, que significa apreendermos outras formas de produção, que exigem abordagens mais adequadas à realidade atual", analisa a professora Vânia Gomes Zuin, que respondeu pela secretaria geral da ICGC e é docente e pesquisadora do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

A conferência teve a participação de representantes dos setores acadêmico, industrial, governamental e não governamental, que discutiram os recentes avanços e perspectivas futuras no campo da Química Verde tanto no Brasil quanto no exterior. Entre eles, Paul Anastas, da Universidade de Yale (EUA), considerado o "pai" da Química Verde; James Clark, da Universidade de York (Reino Unido), que trabalha com o reaproveitamento de biomassa; e Robin Rogers, da Universidade do Alabama (EUA), que estuda o uso de líquidos iônicos para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras. Clique aqui para ver a palestra de Anastas e a cerimônia de abertura da conferência.

O encontro científico ocorre a cada dois anos e se tornou um dos eventos internacionais mais importantes do mundo com foco em produtos químicos e processos sustentáveis. A escolha do Brasil para sediá-lo foi considerada como "estratégica, dada à relevância do País com relação às potencialidades sociais, econômicas, ambientais, educacionais e tecnocientíficas. Estamos em um momento fundamental para definir nosso lugar como um País de vanguarda, que se projeta considerando modos de produção mais verdes", avalia Vânia Zuin.

Educação em Química e Engenharia Verde, métodos analíticos verdes, síntese e processos benignos (catálise), geração de energia baseada em biomassa, fabricação de produtos com matérias-primas renováveis, redução do uso de água e seu reuso e políticas públicas sustentáveis foram alguns dos assuntos debatidos.

A programação também abriu espaço para que empresas como Petrobras, Itaipu, Braskem, Oxiteno, Purac, Tetrapak, Green Center Canada, Natura, CBMM, Lactec, Abcott e Newreka apresentassem casos de sucesso envolvendo a tecnologia verde.

"Os setores de produção de energia (combustíveis), plásticos e de cosméticos se destacaram pela preocupação em desenvolver produtos e processos verdes. Mas, de forma geral, a percepção das empresas em diversos segmentos é a de que não há mais como desconsiderar um modo de produção socioambientalmente justo e sustentável", avalia a professora da UFSCar.

Para ela, há uma integração entre todos os aspectos abordados durante o evento. "A principal conclusão da ICGC foi a de que, além do aprofundamento dos tópicos específicos, houve uma convergência no sentido de se pensar os princípios da Química Verde como bases transversais, ou seja, não há como se desenvolver novos processos e materiais verdes na academia, por exemplo, sem que os referenciais teóricos e metodológicos educativos sejam completamente revistos".

A quinta edição da conferência de Química Verde da Iupac ocorrerá em 2014, na África do Sul.

Definição - A Química Verde se pauta em doze princípios básicos: prevenção, economia de átomos, reações com compostos de menor toxicidade, desenvolvimento de compostos seguros, diminuição do uso de solventes e auxiliares, eficiência energética, uso de substâncias renováveis, evitar a formação de derivados, catálise, desenvolvimento de compostos degradáveis, análise em tempo real para a prevenção da poluição e uma química segura para a prevenção de acidentes.

A Química Verde pode ser definida como a criação, o desenvolvimento e a aplicação de produtos e processos químicos para reduzir ou eliminar o uso e a geração de substâncias nocivas à saúde humana e ao ambiente. O objetivo é a redução do risco por meio da minimização ou mesmo eliminação da periculosidade associada às substâncias tóxicas.




Relação de Matérias                                                                 Edições Anteriores

 

Compartilhe:

Copyright CRQ4 - Conselho Regional de Química 4ª Região